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Gripe suína: viajantes devem contactar linha de saúde

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«Se um cidadão adoecer no prazo de dez dias do regresso ao país deve telefonar para a linha de saúde pública», afirma Francisco George

Os portugueses que regressem de zonas afectadas pela gripe suína e tenham sinais de gripe no prazo de dez dias devem contactar a linha de saúde, disse este domingo o director-geral de Saúde, adiantando que as autoridades estão «alerta», mas não alarmadas, avança a Lusa.

«Se um cidadão que tenha estado numa área afectada adoecer no prazo de 10 dias do regresso ao país, dentro de um quadro de gripe (febre alta e súbita, tosse, dores musculares), deve telefonar para a linha de saúde pública (808 24 24 24)», disse Francisco George, acrescentando que esta queixa, «que pode determinar uma investigação, é comunicada ao Instituto Ricardo Jorge».

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O director-geral de Saúde, que falava aos jornalistas no final de uma audioconferência de técnicos da direcção-geral de Saúde e do Instituto Ricardo Jorge com homólogos europeus, reafirmou que não há conhecimento de casos suspeitos em Portugal.

«Não há doentes com casos suspeitos, há doentes que contactaram a linha que não estiveram em áreas afectadas e não podem ser enquadrados neste grupo de casos suspeitos. Estão naturalmente a ser tratados por médicos que estão em contacto connosco», disse.

Surtos detectados podem evoluir para uma pandemia

Questionado sobre a possibilidade de os surtos agora detectados evoluírem para uma pandemia, Francisco George admitiu que o risco existe.

«Há esse risco, mas a avaliação exacta desse risco ainda não terminou. É por isso que temos que estar preparados. Estamos preocupados, estamos em alerta, mas não em alarme», disse.

No seguimento da audioconferência, onde foram afinadas questões relacionadas com a definição dos casos para fins de vigilância, foi aprovada uma lista de recomendações aos viajantes.

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Lavagem frequente das mãos, com água e sabão, para reduzir a probabilidade de transmissão da infecção, cobrir a boca e nariz quando espirrar ou tossir, utilizar lenços de papel, depositando-os num saco de plástico que deve ser fechado e colocado no lixo após utilização e limpar superfícies sujeitas a contacto manual (como maçanetas das portas) são alguns conselhos para quem pretende viajar para o México e Estados Unidos.

Califórnia, Texas e Kansas, nos Estados Unidos, e cidade do México, San Luís Potosi, Mexicali e Oaxaca, no México, são as áreas afectadas.

«Tamiflu é eficaz se administrado nas primeiras horas»

«A vacina que foi recomendada para o Inverno passado tinha três componentes, um dos quais era o H1N1, tal como esta nova estirpe. Não era exactamente a mesma e não dá uma protecção tão boa como para estirpe original, mas ainda dá alguma protecção», disse o virologista Jaime Nina também presente na reunião.

O virologista admitiu a possibilidade de poderem vir a ser detectados casos de infecção pelo vírus da gripe suína em Portugal.

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«Se for dado no início o Tamiflu é muito eficaz, daí que Direcção-Geral de Saúde insista para que as pessoas que estão doentes vão rapidamente aos serviços de saúde. Se a pessoa ficar uma semana em casa, o antivírico já não faz nada», acrescentou. Jaime Nina lembrou que existe «um stock bastante largo» deste medicamento na DGS para responder a uma eventual emergência.

«No caso de haver uma emergência para além do [Tamiflu] que há no circuito comercial há umas largas dezenas ou centenas de milhares de caixas armazenadas na DGS», disse.

Governo desaconselha viagens para o México

Mas, para já, o Governo português desaconselha as deslocações à cidade do México. O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, António Braga, adiantou que, relativamente às zonas turísticas tradicionalmente procuradas por portugueses no México, não há conhecimento de quaisquer casos de infecção.

Contudo, acrescentou, «por medida de precaução, se alguém pretender deslocar-se a essas zonas deve contactar previamente o gabinete de emergência consular».

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