«É uma ilusão acreditar que hoje falamos todos a mesma língua». Foi o que defendeu o escritor brasileiro João Ubaldo Ribeiro, quinta-feira, em Natal, referindo-se às diferenças do português falado nos países onde é o idioma oficial.
A Lusa noticia que o escritor falava no 1º Encontro de Escritores da Língua Portuguesa de Natal, que termina esta sexta-feira. João Ubaldo Ribeiro defendeu que no futuro se verificará a formação de um «alto português», equivalente ao «alto alemão», que é compreensível por todos mas não é a língua falada no dia-a-dia.
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Depois de ter dito que «a língua é uma parte básica de todo o ser humano», o autor de «Viva o Povo Brasileiro», terminou com uma «profissão de amor à nossa língua comum, dos nossos pais, dos nossos avós, da nossa história, porque é nela que estamos nós mesmos e não podemos abdicar disso, sob pena de perdermos aquilo que somos».
Esta foi a intervenção inicial de quinta-feira, dia em que o protagonismo de João Ubaldo teve um contraponto na vivacidade de Inocência Mata. A investigadora santomense recebeu muitos aplausos da audiência jovem que enchia o Teatro Alberto Maranhão.
Inocência falou sobre a literatura portuguesa dos últimos 30 anos relacionada com os novos países africanos. A investigadora sublinhou que estas três décadas foram necessárias para que fosse possível a «catarse» sobre os tempos coloniais e as guerras de libertação.
O escritor angolano José Eduardo Agualusa abre esta sexta-feira a última sessão do encontro para falar sobre os desafios das novas tecnologias da literatura.
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