O Tribunal Criminal Central de Inglaterra considerou culpado o príncipe saudita Saud Abdulaziz bin Nasser al Saud da autoria da morte de um empregado seu na suite de um hotel de cinco estrelas, em Londres, depois o ter espancado e estrangulado até à morte.
De acordo com a edição electrónica do jornal «The Guardian», o príncipe - neto do rei da Arábia Saudita - não exteriorizou qualquer reacção após o júri ter divulgado a deliberação.
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O crime aconteceu na noite entre 14 e 15 de Fevereiro, quando Saud, de 34 anos, regressou à unidade hoteleira com Bandar Abdulaziz, de 32, depois de uma festa do dia dos namorados.
De acordo com os testemunhos relatados em tribunal, a morte de Abdulaziz foi o culminar de uma série de maus tratos frequentes na relação entre os dois.
Após o crime, o príncipe passou horas ao telefone numa ligação para a Arábia Saudita. Depois, pediu ao serviço de quartos que lhe fossem levados dois copos de leite e água. Transportou o corpo do empregado para a cama e tentou limpá-lo do sangue. Só 12 horas depois de Saud ter solicitado que o motorista o fosse buscar ao hotel é que o caso foi descoberto.
O príncipe negou sempre qualquer envolvimento na morte do empregado, até pouco antes do início do julgamento. Antes disso dissera que Bandar Abdulaziz fora ferido durante um assalto e que tentou reanimá-lo sem sucesso.
O «The Guardian» relata ainda que o príncipe negou ser homossexual e garantiu que tinha uma namorada na Arábia Saudita. O jornal assinala, contudo, que tinha agendado encontros com pelo menos dois acompanhantes masculinos e um massagista gay. No decorrer da investigação apurou-se ainda que o príncipe havia pesquisado na Internet centenas de imagens de homens em sites homossexuais.
Agora, arrisca-se a ser condenado a prisão perpétua.
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