O presidente da Ucrânia Petro Poroshenko considera o abate do voo MH17 «um ato terrorista».
Segundo a agência Interfax, citada pela Reuters, foi desta forma que Poroshenko classificou a queda do avião da Malaysia Airlines que, alegadamente, terá sido abatido por um míssil, quando atravessava a zona de Donetsk, na Ucrânia, em direção a Kuala Lumpur, Malásia, com 295 pessoas a bordo.
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Poroshenko afirmou, no site do presidente, que já criou uma Comissão para investigar o que aconteceu, que terá a participação da Organização da Aviação Civil Internacional e outros organismos.
«Nos últimos dias este é o terceiro acidente aéreo trágico, depois do abate de duas aeronaves, An-26 e Su-25, das Forças Armadas da Ucrânia. Não excluímos que esta aeronave também tenha sido abatida [por forças pró-russas], e enfatizo que as forças da Ucrânia não tiveram qualquer responsabilidade no que aconteceu», afirmou em comunicado, segundo a ucraniana «Rádio Liberdade» [Радіо Свобода].
«A tragédia de hoje mostra que o terrorismo não é local, mas um problema do mundo. E a agressão externa contra a Ucrânia não é só problema nosso, mas uma ameaça à segurança da Europa», disse Poroshenko, segundo a Reuters.
O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Andrei Lysenko, tinha afirmado que os separatistas receberam armas antiaéreas capazes de abater aviões a altas altitudes.
No entanto, os separatistas pró-russos rejeitam qualquer responsabilidade no sucedido e afirmam que não possuem capacidade militar para abater um avião comercial.
O presidente russo Vladimir Putin já reagiu às notícias do desastre e enviou as suas «sinceras condolências» ao primeiro-ministro malaio.
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