O Reino Unido acredita que, até existirem provas do contrário, tudo aponta para que o voo MH17 da Malaysian Airlines, que caiu esta quinta-feira no leste da Ucrânia, tenha sido abatido por separatistas pró-russos.
Segundo a agência Reuters, um porta-voz do primeiro-ministro britânico, David Cameron, afirmou que tudo aponta para que tenha sido um míssil terra-ar a destruir o avião, causando a morte a 298 pessoas, entre as quais 10 cidadãos britânicos.
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«A nossa avaliação diz que, até à existência de provas contrárias, o mais provável é que o voo MH17 tenha sido abatido por um míssil dos separatistas», afirmou o porta-voz.
As declarações britânicas chegam depois de também o presidente dos EUA, Barack Obama, ter afirmado que os separatistas são os responsáveis pelo abate da aeronave.
«O avião foi abatido», disse Barack Obama, esta sexta-feira.
O presidente dos EUA disse ainda que os rebeldes pro-russos na Ucrânia recebem um «fluxo constante» de armas - incluindo armas anti-aéreas - e de treino da Rússia. Obama apelou também a um cessar-fogo imediato entre o governo de Kiev e os rebeldes pro-russos na região leste de modo a que a investigação internacional possa acontecer sem adulteração de provas.
Também esta sexta-feira, o presidente Ucraniano, Petro Poroshenko, culpou os separatistas de Donetsk pela queda do aparelho. o Governo de Kiev afirma ter imagens dos separatistas a transportar o sistema de mísseis para a fronteira com a Rússia, esta sexta-feira. O Governo afirma que o aparelho tem um dos mísseis em falta.
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Voo MH17: o que se sabe e o que falta saber
O avião malaio despenhou-se na Ucrânia na quinta-feira, perto da fronteira com a Rússia, e fez 298 vítimas mortais, transformando-se de imediato num dos maiores acidentes aéreos da história, enquanto se conclui o que levou à queda do avião. Das famílias aos chefes de Estados, todos pedem que o caso seja investigado.
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EUA podem adicionar novas sanções à Rússia
A Reuters sabe que o senador norte-americano, Chris Murphy, quer reunir com outros senadores durante o fim-de-semana para discutir novas sanções a impor à Rússia na sequência do desastre.
A Casa Branca já afirmou que o presidente Barack Obama e a chanceler alemã, Angela Merkel, concordaram manterem-se em contacto para discutir novas sanções a adicionar à Rússia por «destabilizar» a Ucrânia.
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