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Espanha: 80 manifs em onda de protestos contra austeridade

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Convocadas manifestações contra programa de austeridade apresentado na semana passada pelo Governo de Rajoy

Dezenas de manifestações de vários setores, maioritariamente funcionários públicos e desempregados, estão convocadas a partir desta terça-feira e até ao próximo fim-de-semana em Madrid e noutras cidades espanholas, em protesto contra o programa de austeridade do Governo.

De acordo com a agência Lusa, o calendário de protestos, que arranca com uma manifestação de polícias, inclui 80 protestos das duas maiores centrais sindicais (CCOO e UGT) na próxima quinta-feira e um mega-protesto convocado para sábado, sob o mote «21J-Todos a Madrid».

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Um porta-voz do maior sindicato policial - o Sindicato Unificado da Polícia (SUP) - explicou que hoje se inicia em Madrid um calendário de protestos contra o programa de austeridade de 65 mil milhões de euros, que o Governo começou a aprovar na passada sexta-feira.

Este programa inclui o corte do subsídio de Natal dos funcionários públicos e a redução do número de folgas, o que deixou, segundo o porta-voz do SUP, José María Benito, os agentes policiais «ainda mais desmotivados».

Por isso, os agentes policiais têm convocado, para hoje, uma concentração em Madrid que coincidirá com a apresentação de novos agentes, num ato presidido pelo ministro do Interior, Jorge Fernández Díaz, e pelo diretor geral da Polícia, Ignacio Cosidó.

Benito explicou que os agentes se juntarão a todas as mobilizações de funcionários públicos convocados em protesto contra o programa de austeridade, que inclui decisões «que afetam a qualidade do trabalho dos polícias«.

Também a Confederação Espanhola de Polícia (CEP) se juntou às convocatórias de protestos marcadas para esta semana, tendo o porta-voz da entidade, Lorenzo Nebreda, destacado a ¿desilusão¿ de muitos agentes perante os novos cortes.

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Na quinta-feira estão já marcadas mais de 80 manifestações e concentrações ao final da tarde e noite, em dezenas de cidades espanholas, convocadas pelas duas maiores centrais sindicais (UGT e CCOO).

A jornada de mobilização - sob o lema «querem arruinar o país. Temos que o impedir, somos mais» - foi convocada pela UGT e CCOO e pela Plataforma Social em defesa do Estado de Bem-estar e dos Serviços Públicos.

Em comunicado conjunto, as duas centrais referem que os cortes do Governo «afetam desempregados, funcionários públicos e todos os setores da sociedade espanhola», produzindo «um enfraquecimento dos direitos constitucionais e uma rutura de equilíbrios e valores constitucionais básicos».

Para sábado está marcada uma «marcha cidadã a Madrid», convocada pelas redes sociais e apoiada por dezenas de entidades, grupos sociais e movimentos, entres os quais o Movimento 15M e a Democracia Real Já.

«Agora mais que nunca, quando um Governo traidor nos vendeu por um resgate para a banca que se converterá em dívida pública, temos que lutar por recuperar a soberania do povo», refere uma nota distribuída pelo grupo «Democracia Real Já».

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O protesto começará em vários pontos de Madrid e pretende convergir na Puerta del Sol, com uma assembleia onde se debaterá a situação atual e medidas que se podem adotar, do ponto de vista dos cidadãos em contestação.

Desde que na quarta-feira o presidente do Governo, Mariano Rajoy, anunciou o novo plano de ajuste, que se organizaram, espontaneamente, dezenas de manifestações em vários pontos de Espanha, com destaque para a capital Madrid.

No dia 03 de agosto está marcada uma greve no setor do transporte ferroviário e outros setores públicos têm agendadas mobilizações, protestos e concentrações, estando ainda a ser estudada pela CCOO e UGT uma eventual greve geral.

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