O Supremo Tribunal espanhol concedeu legitimidade aos pais de uma mulher que está em coma para pedir o divórcio em seu nome, numa sentença tornada pública esta quarta-feira, avança a Europa Press. O divórcio já tinha sido concedido numa primeira instância, depois dos pais da mulher terem comprovado que havia «um certo desafecto entre os cônjuges», antes do acidente que a atirou para a cama do hospital. A mulher teria mesmo já pedido conselhos a um advogado para proceder à separação, avança o «El País».
O tribunal de primeira instância considerou então, contrariando as pretensões do marido, que «os tutores estão legitimados para avançar com a acção», alegando que «não seria lógico que o marido pudesse obter o divórcio em qualquer momento e que a mulher não o pudesse fazer através dos seus tutores».
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Raquel e Miguel casaram-se no dia 16 de Maio de 1998. Em Março de 2000, a jovem sofreu um acidente de viação que a deixou tetraplégica e em estado de coma. Inicialmente, o marido ficou como tutor, mas depois esta função recaiu sobre os pais, que tinham «maior disponibilidade» para cuidarem dela. Um dos motivos terá sido a escassez de visitas por parte do marido, depois do acidente.
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