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Abdou Diouf, um jovem migrante ilegal, serviu-se do Instagram para contar a sua jornada do Senegal até Espanha. As publicações que partilhou na rede social estão a chamar à atenção, ao retratarem as dificuldades e os perigos que milhares de imigrantes ilegais passam para chegar à Europa, em busca de uma vida melhor.
“Hoje começo um sonho novo. Hoje começo a minha travessia até à Europa para eu e a minha família podermos ter um futuro melhor. Vou mostrar toda a minha viagem aqui”, pode ler-se na primeira publicação de Adbdou Diouf, feita apenas há uma semana, onde posa com uma amiga para a foto, ainda no Senegal.
A photo posted by Abdou Diouf (@abdoudiouf1993) on
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Antes da viagem, Abdou partilhou a foto da última refeição com a mãe, escrevendo que “a viagem vai ajudá-la muito pois é demasiado velha para trabalhar”.
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Na fotografia seguinte, alguém lava o cabelo do jovem, que anuncia a sua chegada à cidade de Atar. Abdou diz que houve “uma mudança de planos” e que a estadia será breve.
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A jornada torna-se cada vez mais difícil. Numa publicação, Abdou surge cansado e suado, depois de “dois dias a andar” no deserto. Atrás dele podem ver-se mais pessoas. “O guia diz que não podemos parar, senão perdemos os 2.000 euros que pagámos para a travessia de barco”.
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“Escondido num camião, tentando passar a fronteira. Não tenho ar e doem-me as pernas. Desejem-me sorte”, pode ler-se na publicação seguinte.
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Noutra fotografia, Abdou surge a correr, seguido por outros migrantes, depois da chegada a Marrocos.
A chegada ao local ao porto, onde apanharia a embarcação para chegar a Espanha, tornou-se outra desilusão. Abdou diz que pagou 2.000 euros pela viagem, mas esse dinheiro não lhe garantiu qualquer segurança ou comodidade durante a travessia.
“Não há dinheiro nem um barco grande. A única maneira que temos de atravessar é com um pequeno barco insuflável que é preciso remar toda a noite. Estou com muito medo”.
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Na publicação seguinte, Abdou conta que vai passar os próximos dias num Centro de Internamento para Estrangeiros (CIE), que “não é um bom sítio para se estar”.
A conta, que tem quase seis mil seguidores, serviu para um utilizador até lhe oferecer casa, se conseguir chegar à Escócia.
“Estas pessoas não têm quaisquer direitos humanos e é quase impossível para eles conseguirem lutar no seu próprio país. Neste mundo somos todos seres-humanos e nós devíamos estar a lutar pelos seus direitos humanos, uma vez que somos tão privilegiados por ter os nossos. O mínimo que podemos fazer é recebê-los num sítio onde possam ter direitos, liberdade, emprego, comida, serviço de saúde e segurança. Eu encheria a minha casa com aqueles que procuram asilo. Vem para a Escócia @abdoudiouf1993 e podes ficar comigo”.
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