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Santos Silva diz que decisão do Reino Unido para excluir Portugal de corredor turístico "não está fundamentada nos factos"

Decisão das autoridades britânicas relativamente aos corredores turísticos no país foi lamentada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros

O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros lamentou esta sexta-feira a decisão das autoridades britânicas de manterem Portugal na lista de países cujos passageiros são obrigados a quarentena na chegada ao Reino Unido.

Augusto Santos Silva respondia a questões dos jornalistas no parlamento, após o debate sobre o estado da nação.

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O Governo, naturalmente, lamenta a decisão, que não está fundamentada nos factos e nos dados que são conhecidos e públicos e aguardará que as autoridades britânicas evoluam”, afirmou.

O chefe da diplomacia portuguesa adiantou que cumpriu o combinado com o homólogo britânico, nomeadamente o respeito de cinco critérios em que a situação epidemiológica portuguesa é “muito positiva”: capacidade de testagem, taxa de letalidade, índice de reprodução, capacidade de resposta do sistema de saúde e número de casos por 100 mil habitantes.

As autoridades britânicas tiveram a cortesia de nos informar ontem [quinta-feira] da decisão, mas não foram capazes de explicar os fundamentos científicos e técnicos da decisão tomada”, afirmou.

Estónia, Letónia, Eslováquia, Eslovénia e as ilhas de St. Vincent, nas Caraíbas, foram acrescentadas à lista pelo ministério dos Transportes britânico, na sequência de uma avaliação dos risco de infeção com Covid-19.

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A partir de dia 28 de julho, as pessoas que viagem destes países para Inglaterra não precisam de cumprir a quarentena de 14 dias exigida, cabendo depois às restantes nações (Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte) aplicar a decisão do governo britânico.

O jornal The Times noticiou na quinta-feira que Londres iria ceder à "pressão poderosa" do Governo português, enquanto que o Daily Telegraph adiantou a possibilidade de um levantamento parcial de restrições para certas regiões portuguesas menos afetadas pela pandemia Covid-19.

Hoteleiros algarvios "desiludidos" por Reino Unido manter quarentena

A decisão do Reino Unido de manter Portugal fora do corredor aéreo que dispensa quarentena no regresso ao país devido à pandemia de Covid-19 foi recebida esta sexta-feira com “desilusão” pelo presidente da principal associação hoteleira algarvia.

É uma enorme desilusão. Estávamos à espera - pelas notícias que vinham sendo divulgadas ultimamente - que o Reino Unido pudesse reverter a situação”, afirmou o presidente da Associação de Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), Elidérico Viegas, à agência Lusa.

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O presidente da AHETA frisou que uma mudança de parecer do Reino Unido, a ter acontecido, não iria permitir já uma recuperação dos “prejuízos maiores causados pela primeira decisão”, no início de julho, mas produziria efeitos na procura a partir de setembro, quando o golfe entra na época alta no Algarve.

Esperávamos que, com a reversão dessa situação, a partir de setembro, pudéssemos ter já aqui uma operação normal quando começasse a época turística alta do golfe, mas esta decisão veio comprometer tudo isto”, lamentou.

O dirigente da associação empresarial algarvia criticou o Reino Unido por ter “dois pesos e duas medidas” e disse “não compreender” por que razão Portugal fica fora do corredor aéreo, enquanto “destinos concorrentes apresentam contágios e óbitos em número bastante superior, não apenas a Portugal, mas sobretudo ao Algarve”.

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