A identidade do comando que matou o antigo líder da Al-Qaeda, Osama Bin Laden, foi revelada pela imprensa internacional. Rob O’Neill, que serviu a marinha norte-americana, foi o responsável pela morte daquele que era, na altura, o terrorista mais procurado do mundo.
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A revelação estava prometida para a emissão do documentário da Fox News «The Man Who Killed Osama Bin Laden» (O Homem Que Matou Osama Bin Laden), a 11 e 12 de novembro, tal como a estação tinha anunciado, mas o próprio pai do comando, Tom O’Neill, resolveu antecipar o acontecimento, confirmando a sua identidade ao «MailOnline».
Rob O'Neill foi um dos 23 militares das forças especiais SEAL que viajaram para Abbottabad, no Paquistão, na noite de 2 de maio de 2011. Sabia-se que o ataque tinha acontecido na própria casa de Bin Laden, mas não havia informações claras sobre como é que o líder talibã tinha morrido. Agora, Tom O'Neill afirmou ao «MailOnline» que foi o filho que disparou três tiros sobre a testa de Bin Laden.
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Apesar do documentário da Fox News poder ser a primeira vez em que surge a falar da operação fora da esfera do anonimato, a verdade é que O’Neill já foi anteriormente entrevistado para a revista «Esquire», na altura identificado como «The Shooter», (O Atirador). Nessa entrevista, conduzida por Phil Bronstein, O’Neill explicou a importância da operação no Paquistão.
em 38 anos e«Não sou religioso, mas sempre senti que me puseram na Terra para fazer algo específico. Depois daquela missão, soube o que era», disse, em declarações à revista.
Let's go speak. pic.twitter.com/SrOuz0NFqQ
— Robert O'Neill (@mchooyah) August 25, 2014
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Como membro dos SEAL participou em centenas de missões de combate, incluindo no Iraque e no Afeganistão. Três das mais importantes missões em que participou até foram adaptadas a grande ecrã, em produções de Hollywood:
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Decisão Polémica
Não são claras as razões que levaram O'Neill a revelar-se agora. Sabe-se, contudo, que depois de ter decidido abandonar os SEAL com 16 anos de serviço, ao invés dos 20 estipulados, o norte-americano perdeu alguns dos benefícios de que poderia usufruir se ficasse durante mais quatro anos.
Esta aparição pública, no entanto, não está a ser bem aceite no seio das forças especiais norte-americanas. Numa carta aberta aos atuais e antigos comandos, os mais altos responsáveis dos SEAL fizeram saber que o voto de silêncio é um dos aspetos mais importantes na vida daqueles operacionais.
«Um dos nossos valores éticos mais importantes é: ‘eu não faço publicidade ao meu trabalho e não procuro reconhecimento pelas minhas ações. Quem viola este princípio não é um bom colega de equipa, nem representa as forças especiais da marinha», lê-se na carta.
«A informação confidencial está protegida por lei. Todos os que estão expostos a informação confidencial têm a obrigação de proteger essa informação […] Procuramos ações judiciais para todos os que violem a lei», lê-se.
«O que é que é suposto fazer quando se sai com uma carreira militar como esta - ser um funcionário do Walmart? Eu apoio-o em tudo o que ele está a fazer», afirmou.
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