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Crise no Zimbabué intensifica-se

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A interdição, desta sexta-feira, pela polícia de manifestações políticas em Harare e o apelo da oposição para uma greve geral provocaram uma subida repentina da tensão, na véspera de uma cimeira regional extraordinária dedicada à crise zimbabueana, escreve a agência Lusa.

O presidente Robert Mugabe, que era esperado sábado em Lusaca, afinal não irá à reunião da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), mas será representado por quatro ministros, informou a rádio estatal zimbabueana..

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Os dirigentes regionais devem analisar a situação no Zimbabué onde, 13 dias depois das eleições gerais, os resultados das presidenciais ainda não são conhecidos.

Aumentando a pressão, Morgan Tsvangirai apelou hoje a Robert Mugabe para se retirar e aos dirigentes da SADC para aproveitarem a cimeira para «actuarem de modo a que a democracia prevaleça no Zimbabué».

«Manifestações políticas não têm razão de ser»

Por outro lado, a polícia proibiu, esta sexta-feira, as manifestações em Harare.

«Proibimos as manifestações políticas» por «não terem qualquer razão de ser, uma vez que tivemos eleições», declarou o porta-voz da polícia, Wayne Bvudzijena.

Ao mesmo tempo, panfletos da oposição apelando à greve geral eram distribuídos nas ruas de Harare, constatou um correspondente da agência noticiosa francesa AFP.

«A partir de terça-feira, fiquemos em casa enquanto os resultados das presidenciais não forem divulgados», pede o panfleto assinado pelo MDC.

O MDC, que ganhou as legislativas de 29 de Março, reivindica a vitória na primeira volta do escrutínio presidencial que se realizou no mesmo dia. Por seu turno, a ZANU-PF (União Nacional Africana do Zimbabué - Frente Patriótica) de Mugabe, no poder desde 1980, considera necessária uma segunda volta, opção que o MDC exclui.

«Não esperem muito desta cimeira. O facto dos chefes de Estado se reunirem significa que a pressão é colocada sobre Mugabe para que encontre uma solução para a crise. Mas eles mostraram-se tímidos no passado», declarou à AFP um analista da Universidade da Zâmbia,

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