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ONU quer menos austeridade no Brasil para diminuir mortalidade infantil

Taxa de mortes de crianças com menos de um ano aumentou em 2016, após 26 anos de baixa consecutiva. Vírus Zika e crise económica são razões apontadas pelos peritos

Especialistas das Nações Unidas em Direitos Humanos instaram o Governo brasileiro a rever o seu programa de austeridade económica devido ao aumento da taxa de mortalidade infantil no país.

As pessoas que vivem na pobreza e outros grupos marginalizados sofrem de forma desproporcional o resultado das medidas económicas restritas, num país que é considerado um exemplo de políticas progressivas para reduzir a pobreza e promover a inclusão social", sustentam sete especialistas da ONU, num comunicado conjunto.

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O Ministério da Saúde brasileiro informou recentemente que, após 26 anos de baixa consecutiva, a taxa de mortalidade infantil aumentou em 2016, em parte devido ao vírus Zika e à crise económica que afeta o país.

En 2016, a taxa de mortalidade infantil, medida através da percentagem de óbitos no primeiro ano de vida no total de nados vivos, subiu para 14% no Brasil, face aos 13,3% registados em 2015.

Este aumento é motivo de grande preocupação, especialmente pelas restrições orçamentais no sistema público de saúde e outras políticas sociais, que põem em causa o compromisso do Estado para garantir os direitos humanos para todos, especialmente crianças e mulheres" afirmaram os especialistas da ONU.

Indicaram ainda que algumas das decisões financeiras e fiscais tomadas nos últimos anos no Brasil "afetam o gozo de vários direitos, incluindo alimentação, moradia, acesso à água, educação, segurança social e saúde", e que "estão a agravar as desigualdes já existentes".

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