A subida do preço dos alimentos levou ao aumento, no último ano e meio, do número de pobres na América Central, estimado em cerca de um milhão, revelou quinta-feira um estudo do Programa Alimentar Mundial, escreve a Lusa.
A investigação das Nações Unidas foi apresentada em El Salvador, um dos países, a par de Guatemala, Honduras e Nicarágua, onde «nasceu» cerca de um milhão de novos pobres.
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O objectivo do estudo era analisar «o funcionamento dos mercados e as consequências do fenómeno da alta de preços dos bens alimentares básicos nos grupos mais vulneráveis», segundo o representante do Programa Alimentar Mundial em El Salvador, Carlo Scaramella.
O documento propõe «um funcionamento eficaz e correcto dos mercados», defendendo o poder de compra dos mais carenciados, e que os governos da região «ampliem e fortaleçam a protecção social aos grupos mais vulneráveis», assim como aumentem «os investimentos na produção agropecuária e na diversificação das fontes de apoio financeiro para os pequenos agricultores».
O Programa Alimentar Mundial estima que a subida dos preços dos alimentos, que começaram a «afectar a economia mundial» a partir de 2006, acentuaram o nível de pobreza de cerca de 130 milhões de pessoas em todo o mundo.
O aumento dos preços deveu-se a uma «combinação de factores», como a perda de colheitas, secas, subida dos custos com combustíveis e crescimento da procura dos cereais básicos.
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