Está a agravar-se a crise política em Itália. Nas últimas horas, o líder do partido que venceu as legislativas comunicou ao Presidente da República que não consegue formar governo. A solução passará agora ao chefe de estado que vai iniciar um ciclo de contactos e reuniões em busca de alternativa.
Pier Luigi Bersani não consegue formar governo. Na última semana, a pedido da presidência de Giorgio Napolitano, o líder da coligação de esquerda andou em negociações com os outros partidos, tentou apoios para formar um executivo de coligação, mas, como reportam as agências noticiosas, bateu numa parede.
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Com a maioria absoluta na Câmara dos Deputados mas não no Senado, Bersani começou por rejeitar um governo de bloco central com o partido de Berlusconi, o segundo mais votado. Por outro lado, Beppe Grillo, o comediante, hoje o terceiro político mais seguido em Itália, insiste que não entra num governo como parceiro do centro esquerda ou da direita.
E também no Parlamento, Grillo promete fazer a vida num inferno a um governo dependente de um parlamento fragmentado. Avisa que nunca votará favoravelmente uma moção de confiança liderado pelo centro esquerda ou direita.
Perante o avolumar da crise política, a Presidência faz saber que já esta sexta-feira Giogio Napolitano puxará para si a iniciativa de resolução da crise, dando início a consultas com todos os partidos.
O presidente tem dito que não quer novas eleições tendo por isso apenas duas hipóteses em cima da mesa: formar um governo de inciativa presidencial com todos os partidos ou optar por um executivo de tecnocratas com apoio parlamentar.
Mas a ver pela dificuldade de consenso partidário nenhuma destas hipóteses parece ter futuro, estando o cenário de eleições cada vez mais próximo de ser a derradeira forma de esclarecer o imbróglio político italiano.
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