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As novas diretrizes do Serviço Nacional de Saúde (NHS) do Reino Unido aconselham as mulheres com gravidezes de baixo risco a ter partos não hospitalares, sugerindo que as mães não tenham os filhos nas salas de parto tradicionais, mas sim em salas de obstetrícia ou mesmo em casa. A orientação foi fornecida pelo Instituto Nacional de Saúde e Assistência (INSA), em Nice, que refere que os cuidados de uma enfermeira obstétrica mostraram ser mais seguros para as mulheres. O INSA recomenda que as mulheres com gravidezes de baixo risco sejam avisadas que dar à luz numa unidade de obstetrícia, ligada a um hospital ou não, é apenas «adequado em parte». Estas recomendações, conhecidas nesta quarta-feira, indicam que o parto que passa por uma enfermeira obstétrica tem menos hipóteses de passar por intervenções médicas, como a episiotomia, cesarianas e uso de fórceps ou ventosas. «Estamos a apoiar uma conversa individual sobre o que é certo para cada pessoa nas suas circunstâncias. A pessoa pode escolher qualquer configuração de nascimento e deve ser apoiada nessa escolha», disse Susan Bewley, professora de obstetrícia no King’s College, em Londres, ao jornal inglês The Guardian. A presidente do grupo consultivo de Nice acrescentou que as infeções são mais comuns em enfermarias hospitalares. A equipa de Nice acrescentou que os comissários da saúde devem assegurar que as mulheres têm as quatro opções possíveis para dar à luz à sua disposição: assistência hospitalar, unidades de obstetrícia em hospitais, unidades de obstetrícia na comunidade e em casa.
«É muito difícil explicar por que é que isto está a acontecer, mas se a pessoa estiver no hospital o mais provável é receber cuidados hospitalares e intervenções cirúrgicas. As intervenções cirúrgicas podem ser muito caras, por isso a obstetrícia é valorizada em termos monetários e, ao mesmo tempo, coloca a mãe no controlo e entrega bebés saudáveis», disse o professor Mark Baker, diretor da clínica de Nice.
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