Três militares numa patrulha anti-terrorista na zona central de Nice, no sul de França, foram atacados esta terça-feira, por um homem armado com facas, avança a AFP. Dois dos militares ficaram feridos, um num braço e outro na cara. Os dois homens foram socorridos no local e o prognóstico não inspira cuidados.
Os soldados montavam proteção a um centro comunitário judaico, perto da praça Masséna, no âmbito do plano Vigipirate de combate ao terrorismo. No edifício funciona o Consistório Israelita de Nice, a radio Shalom e uma associação judaica.
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De acordo com a polícia, citada pela AFP, o atacante foi preso, mas duas pessoas que o acompanhavam fugiram do local. O agressor, que tinha duas facas em seu poder, foi prontamente detido graças à intervenção de dois condutores de um elétrico que ali passava e de um cidadão francês.
Fontes próximas da investigação indicam ao «Le Figaro» que o atacante, agora detido, nasceu em 1984 na região de Val-de-Marne. O suspeito tem com ele documentos de identificação com o nome de Moussa Coulibaly. O site France Info acrescenta que, embora de apelido Coulibaly, o atacante desta terça-feira não tem relação de parentesco com Amedy Coulibaly, o autor do sequestro de 9 de janeiro no supermercado judaico de Porte de Vincennes, em Paris.
Moussa Coulibaly está ser ouvido pela polícia. A secção de anti-terrorismo da procuradoria de Paris assumiu a investigação.
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Numa primeira reação ao ataque, o presidente da Câmara Municipal de Nice, Christian Estrosi, apelou desde logo para a manutenção do dispositivo militar atualmente em vigor em Nice, ali montado desde o atentado ao Charlie Hebdo no dia 7 de janeiro e que seria desmobilizado em breve.
Ao início da manhã, sete homens e uma mulher foram detidos, nos arredores norte de Paris e na região de Lyon, por suspeitas de fazerem parte de uma rede de recrutamento de jovens para a «jihad» (Guerra Santa) na Síria.
«Os indivíduos detidos, todos colocados sob custódia, são suspeitos de envolvimento na organização de recrutamento e partidas para a Síria» de combatentes fundamentalistas islâmicos, explicou o ministro francês do Interior, Bernard Cazeneuve.
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