O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, acusou o seu homólogo colombiano, Juan Manuel Santos, de ter ordenado o alegado ataque de que foi alvo este sábado, que provocou sete feridos.
Tudo aponta para a extrema-direita venezuelana, em aliança com a extrema-direita colombiana e tenho a certeza que Juan Manuel Santos está por detrás deste atentado", denunciou Maduro, durante um transmissão televisiva ao país este sábado, desde o palácio presidencial de Miraflores.
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O presidente da Venezuela afirmou que o seu homólogo colombiano, Juan Manuel Santos, vai abandonar a presidência do país, no dia 7 de agosto e que não podia deixar o poder "sem fazer dano" ao seu país.
Tratou-se de um atentado para me matar. No dia de hoje (sábado) tentaram assassinar-me. As investigações apontam a Bogotá", disse.
A presidência da Colômbia já reagiu, refutando a acusação.
Isso não tem funamento, o presidente está empenhado no batismo da sua neta Celeste e não em derrubar governos estrangeiros", disse uma fonte da presidência colombiana aos jornalistas, este sábado.
Entretanto, o Movimento Soldados de Flanelas (MSF) reivindicou o atentado no Twitter.
A operação era voar dois drones (aviões não tripulados), carregados com C4 (explosivos). O objetivo era o palco presidencial. Os atiradores da guarda de honra (encarregada da segurança presidencial) derrubaram os drones antes de chegar ao objetivo. Hoje não conseguimos, mas é uma questão de tempo", considerou o MSF.
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O atentado demonstrou que o governo de Nicolás Maduro "é vulnerável", acrescentou o grupo.
O MSF é um grupo subversivo criado em 2014 e que pretende agrupar todos os "grupos de resistência" venezuelanos, para fazer uma "efetiva luta contra a ditadura, com organização e convicção".
La operación era sobrevolar 2 drones cargados con C4 el objetivo el palco presidencial, francotiradores de la guardia de honor derribaron los drones antes de llegar al objetivo. Demostramos que son vulnerables, no se logró hoy pero es cuestión de tiempo. #MilitaresPatriotaspic.twitter.com/teIEwygN3S
— Soldados de Franelas (@soldadoDfranela) August 4, 2018
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Duas explosões, aparentemente provocadas por um 'drone' [avião não tripulado], obrigaram o presidente da Venezuela a abandonar rapidamente uma cerimónia de celebração do 81.º aniversário da Guarda Nacional Bolivariana (polícia militar).
O ato, que decorria na Avenida Bolívar de Caracas (centro), estava a ser transmitida em simultâneo e de maneira obrigatória pelas rádios e televisões venezuelanas e no momento em que Nicolás Maduro anuncia que tinha chegado a hora da recuperação económica ouviu-se uma das explosões, que fez inclusive vibrar a câmara que focava o chefe de Estado.
Nesse instante, a mulher do presidente venezuelano, Cília Flores, e o próprio chefe de Estado olharam para cima.
Antes da televisão venezuelana suspender a transmissão foi possível ainda ver o momento em que militares rompiam a formação.
"As investigações estão muito avançadas" e já "foram capturados parte dos autores materiais do atentado e capturada parte da evidência [drone]", afirmou o presidente venezuelano.
Por outro lado, Maduro disse esperar que presidente norte-americano, Donald Trump, entre outros, colaborem com a Venezuela, porque, segundo o líder venezuelano, as primeiras investigações indicam que vários dos responsáveis intelectuais e financeiros do atentado vivem na Florida.
Espero ter a colaboração dos governos do continente, onde estão parte destes redutos da extrema-direita fascista", frisou.
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