A nomeação de Hillary Clinton no cargo de secretária de Estado do presidente Barack Obama foi confirmada esta quinta-feira pelo Senado norte-americano, escreve a Lusa.
A nomeação da antiga rival de Obama na investidura democrata às presidenciais norte-americanas foi hoje aprovada por 94 senadores no final de um debate na Câmara alta. Dois senadores republicanos, Jim DeMint e David Vitter, votaram contra.
PUB
EUA: senado ainda não «aprovou» Hillary
Na passada quinta-feira, a nomeação de Hillary Clinton teve 'luz verde' da Comissão dos Negócios Estrangeiros do Senado, presidida pelo antigo candidato democrata à Casa Branca em 2004 John Kerry. Dezasseis membros da comissão tinham votado a favor e um contra.
A votação do Senado devia ter ocorrido terça-feira, mas foi adiada para hoje devido a uma objecção apresentada pelo campo republicano.
Durante a audição de Clinton, a 13 de Janeiro, o republicano Richard Lugar, membro da comissão dos Negócios Estrangeiros, levantara o problema de possíveis conflitos de interesse entre as novas funções de Hillary Clinton e a fundação de beneficência do marido, o antigo presidente Bill Clinton.
A fundação de Clinton, que tem objectivos não lucrativos e intervém na luta contra o HIV/Sida, a pobreza ou as alterações climáticas, recebeu mais de 131 milhões de dólares de governos estrangeiros, entre os quais a Arábia Saudita, o Kuwait e a Noruega.
PUB
Hoje, Kerry apelou ao Senado para uma confirmação «rápida» de Hillary Clinton.
«Temos duas guerras»
Por seu lado, o senador John McCain, candidato republicano derrotado nas presidenciais de 2008, assim como a maioria dos republicanos do Senado, pronunciaram-se hoje por uma confirmação de Clinton, devido aos desafios que esperam a futura secretária de Estado.
«Temos duas guerras, há um cessar-fogo frágil em Gaza (...) e a situação na Coreia do Norte parece ter-se deteriorado de novo devido a atitude paradoxal e imprevisível do ditador norte-coreano e do seu governo», defendeu McCain.
Hillary Clinton torna-se a terceira mulher a ocupar o prestigiado cargo de secretária de Estado, depois de Madeleine Albright, na presidência do seu marido, e de Condoleezza Rice, a quem ela sucede.
Ao assumir a chefia da diplomacia norte-americana, Hillary Clinton deixa vago o seu lugar de senadora pelo Estado de Nova Iorque.
PUB