Já fez LIKE no TVI Notícias?

Nobel da Paz: Mário Soares ficou «radiante»

Ex-presidente da República saúda coragem do comité Nobel

«Fiquei radiante, não poderia receber melhor notícia hoje. Acho que é um acto de justiça, de coragem por parte da instituição Nobel», comentou Mário Soares ao «Rádio Clube», reconhecendo ter ficado «surpreendido» com a atribuição do Prémio Nobel da Paz a Barack Obama.

«Para mim foi inesperado. Mandela também recebeu o Nobel da Paz, como outras figuras importantes, mas Obama tem todo o prestígio e todo o direito e fez muito em pouco tempo, contra a corrente, para merecer o Prémio Nobel», frisou, acrescentando:

PUB

«Barack Obama contribuiu para a paz pela circunstância de, em primeiro lugar, ter mudado o sistema nos Estados Unidos e o paradigma do sistema nos Estados Unidos, ma depois também pelos discursos que fez em relação à paz», salientou, destacando ainda o facto de que o mundo, com Obama, «passou de unilateral a multilateral».

Ele tem desarmado os adversários dos Estados Unidos mais do que se ele fizesse guerras e os bombardeasse e os esmagasse porque isso só dá ressentimento e mais violência. Barack Obama «está a tentar modificar o mundo e a fazer laços e entendimentos com todos os países: com a China, com os países árabes - os discursos que ele fez foram extraordinários -, em relação ao próprio Irão que, apesar de todas as dificuldades, ele está a tentar encaminhar no sentido da paz», declarou, também, à agência Lusa.

Amado satisfeito

«Trata-se do reconhecimento de uma ambiciosa agenda que impôs à vida política internacional - no sentido do desarmamento, no sentido também da diminuição das tensões que em algumas frentes se vinham manifestando -, mas também de uma responsabilização do Presidente americano por dar continuidade a essa agenda», disse Luís Amado, contactado telefonicamente pela Agência Lusa.

«A Academia tem tido sempre decisões que são muitas vezes quase programáticas (¿) e, nessa perspectiva, este Nobel é um incentivo à continuação de uma agenda ambiciosa que o Presidente americano colocou sobre a mesa na negociação das grandes questões internacionais, mas também uma enorme responsabilidade», acrescentou o ministro dos Negócios Estrangeiros, sublinhando o carácter «crítico e muito complexo» de 'dossiers' como o Médio Oriente, o Irão ou o Afeganistão.

«Creio que a atribuição do Nobel é um incentivo e uma responsabilização ainda maior de dar continuidade a uma via que foi aberta pela agenda política internacional dos Estados Unidos», disse.

PUB

Últimas