Um português foi constituído arguido no âmbito de uma operação internacional para detectar pedofilia na internet, que decorreu simultaneamente em 17 países europeus e sul-americanos, incluindo Portugal, disse ao PortugalDiário fonte da PJ.
A operação foi coordenada pela Eurojust e IberRED (entidades responsáveis pela cooperação judiciária entre Estados, na Europa e na América) e utilizou um programa especial desenvolvido pelas autoridades espanholas, que permite identificar os computadores que distribuem material pedófilo na internet.
PUB
Lopes da Mota, representante português da Eurojust, disse ao PortugalDiário que «esta operação decorreu simultaneamente em todos estes países para evitar que houvesse comunicação entre os suspeitos que pudesse levar à eliminação de provas». Mas para isso, foi necessária a colaboração das polícias, ministérios públicos e juízes dos 17 países em causa.
Segundo a Eurojust, a operação, que decorreu na passada terça-feira, «foi bem sucedida». Foi possível recuperar as provas, «que era o objectivo», e foram feitas «algumas detenções», embora esta entidade não saiba precisar quantas, já que a operação foi conduzida pelas autoridades de cada país.
As provas recolhidas dos 130 alvos irão agora ser analisadas para que, à luz da legislação de cada Estado, as pessoas identificadas possam ser punidas. «A pena em causa varia consoante o caso, mas também consoante o país em causa, já que a legislação nesta matéria varia muito de Estado para Estado», explicou o representante da Eurojust.
Os responsáveis afirmam que foi dado «um claro sinal de que este tipo de crimes pode ser investigado internacionalmente, já que a internet também não tem fronteiras».
PUB