Mais de um século depois de ter sido notícia por exibir um jovem congolês no mesmo recinto onde ficavam os macacos, o Jardim Zoológico de Bronx, em Nova Iorque, emitiu, finalmente, um pedido de desculpas.
O pedido de desculpas foi feito pela Sociedade para a Conservação da Vida Selvagem (WCS, sigla em inglês), entidade que administra o zoo, acontece devido à onda de indignação que se vive após a morte de George Floy, que deu origem a inúmeros protestos anti-racistas, tanto nos Estados Unidos, como a nível mundial.
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“É importante refletir sobre a própria história da WCS e sobre o racismo”, disse o presidente da entidade, Cristian Samper, citado pela BBC.
O responsável prometeu que a instituição vai comprometer-se à total transparência sobre este episódio, que motivou manchetes nos Estados Unidos e na Europa, do dia 9 de setembro de 1906 - um dia depois da primeira exibição de Ota Benga no zoo - até ao dia 28 de setembro de 1906, quando ele foi finalmente libertado.
No entanto, o pedido de desculpas aparece décadas depois de diversas tentativas de encobrir o episódio e esconder pormenores sobre o mesmo.
Na altura em que Ota Benga morreu, o The New York Times chegou a tratar a exibição como uma “lenda urbana”.
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