A maior operação israelita em Gaza, desde o início da escalada da guerra, consistiu em 50 rondas de bombardeamentos por terra e ar em 40 minutos, disse esta sexta-feira o exército.
Um porta-voz militar confirmou esta manhã que Israel utilizou 160 aviões, artilharia e infantaria durante o ataque ao enclave palestiniano.
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The target: The Hamas ‘Metro’ tunnel system in Gaza.
The operation: 160 aircraft, tanks, artillery and infantry units along the border.
We struck 150 targets and damaged many kilometers of the Hamas ‘Metro’ network. pic.twitter.com/otn7JKxB9c
— Israel Defense Forces (@IDF) May 14, 2021
Ao mesmo tempo, as milícias palestinianas dispararam 50 foguetes contra Israel durante a madrugada.
O conflito israelo-palestiniano já dura há quatro dias e tem-se assistido a sucessivas escaladas de violência, com o disparo de centenas de foguetes por parte do Hamas e a resposta de Israel com fortes bombardeamentos aéreos.
Pelo menos 103 pessoas morreram desde segunda-feira até antes do início desta ofensiva em Gaza, 27 das quais crianças.
Estes óbitos não contabilizam as possíveis baixas desta mais recente ofensiva.
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Desde o início dos confrontos, as milícias lançaram mais de 1.800 projéteis em direção a Israel, com a maioria a ser intercetada pelo sistema antimíssil israelita.
Sete pessoas foram mortas em Israel, incluindo um adolescente e um rapaz de seis anos, e na quinta-feira à noite uma mulher idosa morreu quando caiu enquanto corria para um abrigo para se proteger dos foguetes.
O exército disse que hoje continuaria a atacar alvos no enclave e que "pretende" realizar uma ofensiva terrestre:"Estamos preparados para o fazer", disse o porta-voz.
"Vamos continuar a fazê-lo com grande intensidade. Esta não é a última palavra e esta operação continuará enquanto for necessário", advertiu o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, num vídeo colocado nas suas redes sociais enquanto os bombardeamentos se realizavam esta manhã.
Israel prepara ofensiva terrestreO exército de Israel anunciou, ao início da noite desta quinta-feira, uma ofensiva terrestre na Faixa de Gaza. no âmbito da operação militar em curso contra o movimento islâmico xiita Hamas.
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"A força aérea israelita e as tropas terrestres estão a realizar um ataque na Faixa de Gaza", disse o exército numa breve mensagem, que confirmou a entrada de soldados no enclave palestiniano.
Contudo, horas depois, o mesmo exército veio negar a entrada das forças terrestres no território, noticia a AFP.
Num evidente sinal de que o conflito pode escalar nas próximas horas, o ministro da Defesa de Israel aprovou a mobilização de mais 9.000 soldados reservistas e o porta-voz militar de Israel, Hidai Zilberman, disse que um reforço de efetivos está já a concentrar-se na fronteira com a Faixa de Gaza.
Em declarações à estação de televisão pública israelita, Zilberman disse que as forças estão a preparar "a opção de uma manobra terrestre", com veículos blindados e artilharia a ser colocados em alerta para poderem ser "mobilizados a qualquer momento".
A ofensiva começou pouco depois de pelo menos três rockets terem sido disparados a partir do Líbano contra Israel.
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Do lado dos palestinianos, há relatos de centenas de pessoas que começam a abandonar as casas.
O diplomata palestiniano Husam Zomlot publicou uma imagem das chamas a norte de Gaza, após o bombardeamento de Israel
Conselho de Segurança da ONU realiza sessão pública no domingoGaza now. What I hear from our people in Gaza is horrific. Israel’s aggression is beyond barbaric and must stop immediately!#ApartheidIsrael#EidWithPalestine#SavePalestinepic.twitter.com/wyYibCPHjf
— Husam Zomlot (@hzomlot) May 13, 2021
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O Conselho de Segurança da ONU realizará no domingo uma reunião pública virtual sobre o conflito israelo-palestiniano, anunciaram hoje fontes diplomáticas.
A reunião, inicialmente marcada para sexta-feira com caráter de urgência, foi solicitada por 10 dos 15 membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas (Tunísia, Noruega, China, Irlanda, Estónia, França, Reino Unido, São Vicente e Granadinas, Níger e Vietname).
Os Estados Unidos, que tinham rejeitado a data de sexta-feira para a reunião, mostraram-se favoráveis a que o encontro se realizasse no início da próxima semana, “para dar um pouco mais de tempo à diplomacia para conseguir resultados”, nas palavras do chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken.
Agora, os Estados Unidos concordaram em que a reunião de emergência seja antecipada para domingo, numa solução de compromisso entre as duas datas, segundo fontes diplomáticas.
A realização deste tipo de reuniões de urgência por videoconferência requer o consenso dos 15 Estados membros do Conselho de Segurança, mas tem sido prática comum nos últimos meses, devido à pandemia de covid-19.
O anúncio da reunião acontece no momento em que o exército israelita admitiu que soldados do seu exército penetraram esta noite na Faixa de Gaza, no âmbito de uma operação militar em curso contra o movimento islâmico xiita Hamas, em mais uma escalada de tensões do conflito que já dura há quatro dias.
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