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Papa afirma que comunistas roubaram «bandeira dos pobres»

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«A bandeira dos pobres» no seu entender «é cristã», uma vez que se encontra no centro do Evangelho há vinte séculos

Também hoje, durante a sua mensagem dominical que acompanha a oração do ngelus, o papa Francisco voltou a manifestar hoje preocupação perante o conflito armado no Iraque e recordou que «o diálogo é a única via para a paz». A primeira vez que o chefe da Igreja católica se pronunciou sobre o conflito armado foi durante o ngelus de 30 de outubro, tendo a mais recente sido há duas semanas, quando pediu aos fiéis para rezarem em prol da paz no Iraque.

Atualizado às 15:36

O papa Francisco considera que os comunistas roubaram à Igreja Católica a causa ou «a bandeira dos pobres» que, no seu entender, «é cristã», uma vez que se encontra no centro do Evangelho há vinte séculos.

«Os comunistas roubaram-nos a bandeira. A bandeira dos pobres é cristã [...]. Os comunistas dizem que tudo isto [a pobreza] é algo comunista. Sim, claro, como não? Mas vinte séculos depois [da escritura do Evangelho]. Quando eles falam nós poderíamos dizer-lhes: pois sim, sois cristãos», afirmou o sumo pontífice.

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Foi nestes termos que o papa Francisco se expressou numa entrevista publicada hoje no jornal italiano «Il Messaggero», na qual aborda temas como a política, a queda da natalidade na Europa, o papel da mulher no seio da Igreja Católica ou a exploração infantil.

Apelo ao diálogo em prol da paz no Iraque

«As notícias que chegam do Iraque são muito dolorosas. Junto-me ao apelo dos bispos deste país para dizer aos governantes que, através do diálogo, pode preservar-se a unidade nacional e evitar a guerra», afirmou o sumo pontífice.

Francisco disse sentir-se próximo «das milhares de famílias, especialmente cristãs, que tiveram de deixar as suas casas e que estão em grave perigo».

Não é a primeira vez que Bergoglio manifesta a sua preocupação perante a situação que se vive no Iraque.

As forças iraquianas lançaram hoje uma ofensiva contra extremistas em Tikrit, cidade natal de Saddam Hussein, numa altura em que a Rússia enviou os aviões de combate comprados por Bagdad.

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A aviação governamental atingiu Tikrit e registaram-se também combates na periferia da cidade, de acordo com testemunhas citadas pela France Press.

Milhares de soldados estão envolvidos naquela que pode ser considerada a ofensiva mais ambiciosa de Bagdad contra os extremistas do grupo Estado Islâmico do Iraque e do Levante (ISIL na sigla em inglês) que dominam zonas consideráveis em cinco províncias do país desde o princípio de junho.

No norte, combatentes apoiados pelas forças curdas avançaram para a povoação de Basheer, perto de Kirkuk, de maioria xiita, e que se encontrava controlada pelos extremistas islâmicos.

Os Estados Unidos enviaram para o país conselheiros militares que estão a operar junto dos oficiais iraquianos nas operações com aviões não tripulados (drones) sobre a capital.

Organizações humanitárias têm pedido, nas últimas semanas, a abertura de corredores humanitários capazes de garantir auxílio aos deslocados que podem ser um milhão e 200 mil nas zonas atingidas pelos combates.

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