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Política oferece símbolo gay ao Papa

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«Seria ótimo se falasse a favor do casamento entre pessoas do mesmo sexo», justificou a austríaca Ulrike Lunacek

Uma política austríaca fez um apelo Papa Francisco para que falasse dos direitos das mulheres e do casamento homossexual. A lésbica Ulrike Lunacek, chefe de delegação dos Verdes austríacos no Parlamento Europeu, dirigiu-se ao chefe da Igreja Católica, em Estrasburgo, na terça-feira.   Segundo o jornal «The Independent», Lunacek, que também é copresidente do Intergrupo do Parlamento Europeu sobre Direitos LGBT, entregou um lenço com um arco-íris, o símbolo gay mais popular dos dias de hoje, ao Papa em frente a uma multidão de pessoas.  

«Tenho que admitir que fiquei desapontada com o fato de não ter abordado nenhuma das outras coisas urgentes dentro e fora da igreja. As questões e os direitos das mulheres no interior da igreja. Hoje é o Dia Internacional [para a Eliminação da] Violência Contra as Mulheres. Acho que deveria ter mencionado algo assim», disse Lunacek ao Papa.

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«Seria ótimo se tivesse falado em favor do casamento homossexual ou também do uso de anticoncecionais, por exemplo, especialmente em tempos de sida. Mas não ouvi isso e foi um pouco dececionante», acrescentou a política lésbica.   Visto como mais progressista do que os antecessores, o Papa Francisco já tinha abordado os temas levantados por Lunacek, mas em grande parte manteve-se de acordo com a tradição da Igreja.   Embora tenha dito que deve ser feito mais para ampliar o papel das mulheres na Igreja, o Papa sustentou que «no que diz respeito à ordenação de mulheres, a Igreja falou e disse que não...essa porta está fechada.»   O Papa também adotou uma visão mais liberal sobre a homossexualidade do que os anteriores líderes da Igreja, mas não chegou a aprovar o casamento homossexual.   «Se uma pessoa é gay e procurar a Deus de boa vontade, quem sou eu para julgá-lo?», afirmou o Papa, mas acrescentou que «o matrimónio é entre um homem e uma mulher».   No mês passado, o cardeal húngaro Peter Erdo leu um relatório intercalar no Sínodo da Congregação Geral, que declarava que os homossexuais tinham «dons e qualidades para oferecer» e até levantou a possibilidade da Igreja Católica reconhecer os aspetos positivos de relacionamentos entre pessoas do mesmo sexo.   No entanto, bispos conservadores distanciaram-se da declaração e a Igreja disse que se tratava simplesmente de um «documento de trabalho» e que não tinha intenção de ser uma declaração oficial da doutrina da Igreja sobre a vida familiar.   Em vez disso, o Papa Francisco utilizou o facto de se encontrar em dos legisladores da União Europeia para instar a Europa a fazer mais para ajudar os migrantes que chegam.   O Papa afirmou que o continente se estava a tornar «idoso e fatigado» e que o Mediterrâneo estava em perigo de se tornar num «vasto cemitério» se não forem tomadas medidas para enfrentar a crise da imigração, que a cada ano vê milhares de migrantes desesperados a afogarem-se enquanto tentam chegar à Europa.

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