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Atentado contra Bhutto mata 130 pessoas

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Ex-primeira-ministra do Paquistão escapou ilesa a acção terrorista

[ACTUALIZADO ÀS 07H30 do dia 19]

Pelo menos 130 pessoas morreram e 400 ficaram feridas após um ataque suicida contra a caravana automóvel que transportava Benazir Bhutto, acabada de regressar ao Paquistão após oito anos de existia. A ex-primeira-ministra saiu ilesa após dois carros-bomba terem explodido em Karachi, informam as agências internacionais.

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Segundo o embaixador do Paquistão nos Estados Unidos, Mahmud ali Durrani, Benazir Bhuto foi levada imediatamente para casa, onde está a salvo e mantida em segurança.

Um fotógrafo da Associated Press, que estava no local, contava que era possível ver dezenas de pessoas feridas e mutiladas, bem como vários mortos.

O ministro do Interior, Aftab Sherpao, confirmou que o ataque foi dirigido a Bhutto: «Trata-se um acto terrorista contra Benazir Bhutto, destinado a sabotar o processo democrático». O general Pervez Musharraf já veio condenar um ataque que considera ser «uma conspiração contra a democracia».

Recorde-se que a ex-primeira-ministroa dirigia-se desde o aeroporto local até ao mausoléu daquele que é considerado o pai da pátria, Mohamad Ali Jinah, onde tinha previsto discursar aos milhares de apoiantes que a acompanhavam.

No momento da explosão, Bhutto encontrava-se a descansar na parte inferior do veículo blindado que a transportava, conseguindo escapar ao ataque sem um único arranhão.

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«Consternado», o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, condenou quinta-feira energicamente o duplo atentado, através da sua porta-voz: «Ele condena vivamente este atentado terrorista (...) mas ao mesmo tempo exprime a sua confiança de que as forças políticas trabalharão juntas para reforçar a unidade nacional», salienta o comunicado.

Também a Casa Branca condenou hoje o atentado e afirmou que os extremistas não farão descarrilar as próximas eleições: «Os Estados Unidos condenam o atentado brutal cometido no Paquistão e choram a morte de inocentes», disse um porta-voz da Casa Branca, Gordon Johndroe.

«Os extremistas não conseguirão impedir os paquistaneses de escolher os seus representantes através de um processo democrático e aberto», disse numa referência às legislativas de Janeiro.

Em Lisboa, a União Europeia condenou quinta-feira «vigorosamente» o atentado. «A União Europeia condena com vigor o ataque terrorista contra o cortejo de Benazir Bhutto», declara num comunicado a Presidência Portuguesa da UE, que sublinha que as vítimas participavam «num desfile pacífico nas ruas de Carachi».

«Tais actos põem em perigo o processo eleitoral», estima a UE, que apela às autoridades paquistanesas e a todas as forças políticas do país para garantirem que as próximas eleições se preparem e decorram num clima propício à livre expressão da vontade dos eleitores».

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