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«França é um país inútil» terá dito Hayat Boumeddiene

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Melhor amiga da viúva de Amedy Coulibaly, envolvido no ataque de Montrouge e sequestro ao supermercado judaico, em Paris, fala sobre a vida de Hayat e apela ao regresso da jovem

«Maya» e Hayat estudaram juntas na escola primária, e depois no colégio em Villiers-sur-Marne. A última vez que as amigas se viram foi há cerca de um mês, em Villiers. Conta «Maya» que Hayat perdeu a mãe com apenas 8 anos, e que com cerca de 12 foi brevemente acolhida pelos serviços sociais, destacando, no entanto, que a amiga nunca foi infeliz. No entanto, quando o companheiro foi preso, a mulher sentia-se frequentemente revoltada. A amiga descreveu-os, no entanto como «apaixonados» e que eram «tudo um para o outro». Questionada sobre o que o casal fez nos últimos meses, «Maya» contou que depois de Amedy acabar de cumprir pena, em março de 2014, Hayat acalmou, e que, para além de terem ido a Meca, estiveram também no Mali, onde Amedy visitou o túmulo do pai, que morreu enquanto esteve preso. A amiga considerou que apesar de Hayat ser incapaz de orquestrar tais ataques terroristas, o mais provável é que soubesse dos projetos do marido. «Maya» sublinhou que Hayat tem carácter, mas que «é uma menina frágil emocionalmente», «suave, às vezes um pouco criança», e que «muitas vezes chora e tem pouca confiança». Ao diário francês, «Maya» disse ainda que tencionava enviar-lhe um email, mas que hesitou e não o fez. Se pudesse falar com Hayat, «Maya» diz que voltar a França e render-se seria o seu conselho.

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Uma amiga de infância de Hayat Boumeddiene, a mulher mais procurada de França, não consegue acreditar no envolvimento da jovem nos crimes do seu companheiro, Amedy Coulibaly, o atacante de Montrouge e sequestrador do supermercado judaico, em Paris, já abatido pela polícia.

A informação é avançada pelo Le Parisien, que escreve que «Maya», nome fictício, implora que a amiga, atualmente na Síria, se renda e se entregue à justiça.

O jornal parisiense conta que não foi necessário os meios de comunicação social divulgarem a fotografia de Amedy para a mulher de 26 anos o identificar, bastou o seu nome.

«Quando vi que o autor do assassinato de Montrouge e do sequestro em Vincennes se chamava Amedy Coulibaly, soube de imediato que era o marido da Hayat», contou a melhor amiga da viúva do terrorista.

«Éramos muitos próximas… conheço muito bem a sua família, incluindo o seu pai, um homem de ouro. Temi que ele tivesse um ataque cardíaco quando chegou a notícia».

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«Ela convidou-nos para um jantar de meninas com o seu pai… Queria dar-nos presentes que trouxera de Meca, onde peregrinou com Amedy em outubro passado. E recentemente, mandou-me uma mensagem escrita relacionada com religião, onde falava em misericórdia», cita o Le Parisien.

«Ao discutir religião, aconselhou-me a um dia deixar França, onde as mulheres de véu são por vezes insultadas. Disse: ‘França é um país inútil’», relatou a amiga sobre uma altura em que Amedy estava preso e Hayat sozinha, angustiada e perturbada.

Conta «Maya» que depois do reencontro a amiga mudou, e que Amedy dizia serem «histórias do passado». Apesar de dizer que quando estiveram juntos ele foi gentil e simpático, contou também que por vezes era um pouco estranho, e que desaparecia sem se saber porquê.

«Amedy é a sua vida. Não a imagino sem ele. Além disso, a família dele tinha-se tornado a família dela também».

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«Isso deixou-o perturbado e deprimido. Ele tornou-se o homem da família».

«Não consigo imaginar nem por um instante. Mas eles estavam tão próximos ultimamente que o mais provável é que ela estivesse a par dos seus projetos. Acho que todos concordaram que ela se abrigaria na Síria», confidenciou.

«Quando se chateava, desculpava-se sempre com medo magoar as outras pessoas. Perguntou-me muitas vezes sobre os seus defeitos e esse tipo de coisas. Ela é incapaz de organizar tais horrores», assegurou.

«Eu tenho pavor de saber da Síria. Ela não vai suportar. Eles vão casá-la à força, colocá-la num acampamento ou algo do género. Ela não pode cometer suicídio, o Islão proíbe-o».

«Ela deve arrepender-se e pedir perdão pelo que aconteceu. Em segundo lugar, França continua a ser o seu país. Precisamos que seja feita justiça».

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