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Iraque: segurança ainda é «frágil»

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Relatório do Pentágono reconhece melhorias, mas admite que processo ainda é «reversível»

A melhoria recente da segurança no Iraque é «frágil, reversível e desigual» e o país continua mergulhado numa «luta comunitária pelo poder e pelos recursos», indicou terça-feira um relatório trimestral publicado pelo Pentágono, escreve a Lusa.

O relatório fornecido ao Congresso sublinha uma queda espectacular de 77 por cento da violência no Iraque, comparando com o mesmo período de 2007, e indica que esses progressos foram conseguidos mesmo quando as forças norte-americanas diminuíram em termos de número.

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A rede al-Qaeda está sob pressão depois de ter sofrido importantes baixas após operações militares das forças iraquianas e norte-americanas, refere o relatório.

No entanto, o documento do Pentágono alerta contra as várias questões ainda não resolvidas que podem prejudicar o progresso do país.

Entre essas questões contam-se as próximas eleições nas províncias iraquianas, a composição das forças de segurança, o estatuto da província de Kirkuk norte, rica em petróleo, e o apoio iraniano aos grupos extremistas xiitas.

«Apesar da segurança ter melhorado de forma espectacular, a natureza profunda do conflito no Iraque continua inalterada», considera o relatório, que acredita num possível aumento da violência antes das eleições provinciais se os sunitas se considerarem penalizados pelo governo xiita.

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A entrada das milícias sunitas, que afirmam desejar combater a al-Qaeda, nas forças de segurança iraquianas e no mercado de trabalho civil, tornou-se um «desafio significativo», sublinha o texto.

Lentidão nas passagens

«A lentidão do ritmo de transição é motivo de inquietação», assinala igualmente o relatório, que considera a influência iraniana como a «ameaça mais significativa para a estabilidade a longo prazo no Iraque».

«Apesar das contínuas promessas iranianas afirmando o contrário, parece claramente que o Irão continua a financiar, treinar e armar o Iraque, enquanto que grupos especiais tentam destabilizar a situação» no país, indica o texto.

Entretanto, o Pentágono anunciou terça-feira uma rotação das tropas destacadas no Iraque, que conduzirá de facto a uma ligeira redução dos efectivos norte-americanos no país.

Bryan Whitman, um porta-voz do Pentágono, indicou que essas rotações foram determinadas de acordo com a decisão do presidente norte-americano George W. Bush de reduzir em Fevereiro em uma brigada de combate, cerca de 3.500 homens, o número de soldados no Iraque.

Os efectivos destacados no Iraque serão certamente revistos «em baixa ou em alta» com a próxima administração norte-americana saída das eleições presidenciais, agendadas para 4 de Novembro.

As rotações anunciadas envolvem 26.000 soldados. O Pentágono confirmou que 152.000 militares norte-americanos estão actualmente no Iraque.

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