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Somália: piratas estão «mais sofisticados»

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Os piratas somalis atacam «cada vez mais longe» das costas do seu país e são mais sofisticados, afirmou esta quinta-feira o chefe da missão naval da UE contra a pirataria na Somália, citado pela Lusa.

O vice-almirante britânico Philip Jones afirmou, numa entrevista à Efe, que os piratas deram «uma nova dimensão cada vez mais sofisticada» à sua actividade, centrada agora no Oceano Índico, o que pressupõe «um desafio difícil» devido à vastidão da zona.

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O militar britânico, que assistiu em Bruxelas à conferência de Doadores sobre a Somália organizada pelas Nações Unidas e a União Europeia, reconheceu que os meios aéreos e navais enviados pela comunidade internacional para a zona não serão suficientes enquanto os somalis acharem atractiva a pirataria.

«Temos de dar-lhes uma ideia diferente de como conseguir incentivos e isso não se pode fazer com uma força naval. Outros têm de fazer a sua parte no futuro da Somália», reconheceu.

Jones, que comanda os seis navios militares e várias unidades aéreas da missão «Atalanta» da UE, disse que, durante os primeiros meses do ano, houve uma «descida muito significativa» de ataques piratas, devido à maior presença naval e área internacional, mas também a circunstâncias climáticas desfavoráveis.

Contudo, os ataques voltaram a aumentar nas últimas seis semanas, logo que o tempo melhorou, e também porque os piratas reduziram as suas operações no Golfo de Aden, mais fácil de patrulhar, aumentando as incursões na costa leste da Somália, às vezes muito longe do país.

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Os piratas «vão cada vez mais longe», aventurando-se até 500 e 600 milhas e «parecem usar navios Nodriza» para transportar as pequenas lanchas de onde fazem as abordagens aos navios mercantes.

Disse fazerem falta «centenas» de navios militares para garantir a segurança da navegação comercial da zona, mas reconheceu que a melhor solução «é coordenar mais eficazmente» as forças disponíveis, que incluem, além da UE, navios da Nato e de vários países que enviaram unidades a título individual (como os Estados Unidos, China ou Rússia).

As marinhas mercantes de alguns países (como na Bélgica) solicitaram a presença de soldados armados nos seus navios para protegê-los contra os piratas, mas o vice-almirante Jones apontou as limitações da proposta uma vez que todos os dias circulam centenas de embarcações no Golfo de Aden e não há tropas suficientes.

Existem outras medidas, apontou Jones, como a contratação de companhias privadas de segurança ou acções que se revelaram eficazes: navegar em grupo e a alta velocidade. Em caso de ataque, os navios fazerem manobras bruscas ou terem preparadas mangueiras a alta pressão para evitarem ser abordados.

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