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Angola tem mais de meio milhão de imigrantes ilegais

«Invasão silenciosa» foi admitida pela Polícia Nacional de Angola que garantiu que esta é uma das principais preocupações das autoridades para 2015

Durante uma conferência de imprensa de balanço da atividade policial na quadra festiva, que decorreu hoje em Luanda, Paulo de Almeida apontou que só nos principais dias da época de Natal as autoridades frustraram a entrada ilegal, por via terrestre e marítima, de 280 estrangeiros, que foram detidos. Todas as semanas, de acordo com números de 2014 do Serviço de Migração e Estrangeiros (SME), são expulsos de Angola mais de 1.000 imigrantes em situação ilegal.

A Polícia Nacional de Angola admitiu esta segunda-feira a existência de mais de meio milhão de imigrantes ilegais no país, classificando a situação como uma «invasão silenciosa» e garantindo prioridade no combate ao problema.

A posição foi assumida pelo segundo comandante nacional daquela força policial, Paulo de Almeida, admitindo que a imigração ilegal é uma das principais preocupações das autoridades para 2015.

«Queremos ter um país tranquilo e ordeiro. Nós vamos continuar a fazer as nossas operações de combate à imigração ilegal, que preocupa a nossa sociedade. É preciso ver que Angola está sofrendo uma invasão silenciosa», apontou o oficial.

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«Não temos um número ainda determinado, mas são mais de 500 mil imigrantes ilegais [em Angola]», reconheceu o segundo comandante da Polícia Nacional angolana.

Uma operação de fiscalização de grande escala realizada na capital angolana pelo SME, a 20 de dezembro, levou à detenção de 884 estrangeiros ilegais, de um total de 2.161 cidadãos inspecionados.

Segundo Paulo de Almeida, o combate a este tipo de crime será uma das prioridades das autoridades em 2015, ano em que se assinala o 40.º aniversário da independência nacional, além de outras "práticas nocivas", como a falsificação de moeda (dólares) por redes organizadas, tráfico de droga e de diamantes, juntamente com os crimes tradicionais.

«Temos responsabilidades, precisámos de limpar o país», apontou o oficial, destacando o objetivo de comemorar o aniversário da independência nacional em condições de «segurança, paz e tranquilidade».

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