Leon Panetta, o director da CIA, designado pelo presidente norte-americano, Barack Obama, comprometeu-se esta quinta-feira, perante uma comissão de senadores, a não transferir prisioneiros para países estrangeiros onde possam ser torturados, escreve a Lusa.
«Segundo os termos do decreto publicado pelo presidente [Barack Obama], é interdito enviar qualquer prisioneiro para o estrangeiro para ser torturado, ou para um país que viole os valores humanos que seguimos», afirmou o director da CIA, durante a audição prévia à sua confirmação pelo Senado.
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Questionado sobre métodos usados pelos agentes da CIA em prisões como a de Guantánamo, em Cuba, o antigo chefe de gabinete de Bill Clinton disse não ter dúvidas que a simulação de afogamento é «uma técnica de tortura» e uma «má prática».
Contudo, o ex-parlamentar da Califórnia no Congresso de 1976 a 1992, defendeu que os agentes envolvidos nestas acções não devem ser julgados, a menos que se prove que agiram à margem das instruções recebidas.
Leon Panetta sublinhou ainda estar convencido que os serviços secretos norte-americanos podem cumprir a sua missão «respeitando a lei».
«Cumpriremos as nossas obrigações no respeito pela lei e a Constituição», declarou, garantindo que pretende «deixar para trás» os casos que mancharam a reputação da CIA.
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