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O regresso à calma em Timor Leste

Quando se souber nas montanhas como morreu, essa aura de libertador vai desfazer-se e isso trará acalmia aos bairros

Muita coisa haverá ainda para esclarecer sobre os contornos deste atentado coordenado, mas uma coisa é certa: nada fazia prever um atentado tão violento e com estas características. Tanto mais que o major alfredo Reinado agiu sozinho, sem consultar ninguém, surpreendendo até as pessoas que estavam mais próximo dele.

Este acto perfeitamente inexplicável do major Reinado acontece de uma forma desenquadrada e em contraste com tudo o que estava a ser feito até aqui. Para além dos contactos feitos pelo Presidente e pelo primeiro-ministro timorenses, assim como pelos demais órgaos políticos, na tentativa de encontrar uma solução pacífica para o caso major Reinado, prosseguiam no Parlamento várias diligências no sentido de elaborar uma lei da amnistia com o principal objectivo de reconcicliar todos os timorenses. Além disso, o acantonamento do major Reinado em Díli estava a ser preparado.

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Sobre a atitude do major, só posso dizer que é uma atitude de um tresloucado, que, aliás, bate certo com o que conhecia dele. Reinado era um aventureiro, tinha um comportamento de franco-atirador. Isso criou-lhe uma imagem romântica de rebeldia que conquistava principalmente os mais jovens.

Mas também é certo que, para quem queria aparecer como um heróis, o acantonamento não era muito bem-visto.

Ainda assim, quando se souber nas montanhas como morreu, e que tentou assassinar o Presidente e o primeiro-ministro, essa aura de libertador vai desfazer-se e isso trará acalmia aos bairros. A morte do major Reinado pode, aliás, marcar o regresso à calma em Timor-Leste; pode significar o princípio de um novo ciclo.

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