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Itália: governo quer código sobre sequestros

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Polémico rapto de repórter italiana motivou decisão de Massimo D¿Alema

O ministro dos Negócios Estrangeiros italiano, Massimo D¿Alema, defendeu esta quinta-feira a criação de um código internacional sobre sequestros, após a polémica acerca das negociações para a libertação do jornalista Daniele Mastrogiacomo, raptado pelos talibãs no Afeganistão. A informação foi avançada pela agência Lusa.

As acusações da oposição conservadora ao governo de centro- esquerda de Romano Prodi sobre como se desenvolveram as negociações no sequestro daquele repórter do diário La Reppublica levaram hoje D¿Alema à Câmara dos Deputados para explicar o caso.

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A libertação de Mastrogiacomo foi conseguida em troca da de cinco rebeldes talibãs, o que foi criticado também por Washington e Londres e deixou o presidente afegão, Hamid Karzai, numa posição delicada.

O chefe da diplomacia italiana defendeu o direito de cada Estado a negociar a libertação de um seu cidadão, mas exprimiu a necessidade «de criar regras partilhadas a nível internacional, um código de comportamento comum», em casos de sequestros como os que ocorrem no Iraque ou no Afeganistão.

D¿Alema explicou que a Itália já apresentou à comunidade internacional o seu pedido para que «se comece a discutir sobre regras comuns» e anunciou que «o secretário-geral da NATO se comprometeu a elaborar nas próximas semanas um documento de reflexão» sobre o assunto.

Sobre a libertação de Mastrogiacomo, D¿Alema disse que o governo italiano se limitou a entregar as reivindicações do grupo talibã ao governo afegão para que as analisasse e este decidiu livremente a libertação dos cinco rebeldes.

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O governo afegão, assinalou o ministro italiano, decidiu aceder à libertação devido à baixa perigosidade dos detidos, «que eram porta-vozes talibãs e não combatentes».

D¿Alema disse ainda que o governo italiano excluiu desde o primeiro momento que os militares italianos pudessem retirar-se do Afeganistão para conseguir a libertação do jornalista.

Por outro lado, assegurou que o acordo com os talibãs para a troca de prisioneiros incluía também o jornalista afegão que trabalhava como tradutor de Mastrogiacomo e foi capturado na mesma altura. Adjmal Nashkbandi continuou nas mãos dos sequestradores após a libertação do repórter italiano, a 19 de Março, e foi executado pelos talibãs no domingo.

Um dos responsáveis da Liga do Norte (populista de direita), Roberto Maroni, acusou D¿Alema de não ter «tido a honestidade de admitir os erros de uma gestão imperfeita».

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