Os quatro helicópteros enviados à Colômbia para resgatar três reféns regressaram vazios, esta quinta-feira, à Venezuela. A operação do governo venezuelano à Colômbia pretendia recuperar os reféns que seriam libertados pelo grupo rebelde Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), noticia a BBC.
A retirada das aeronaves MI-17 e Bell da cidade de Villavicencio (a 95 km de Bogotá), ponto de partida para a missão de resgate, indica que a primeira tentativa de libertação de Clara Rojas, assessora de campanha da ex-candidata presidencial Ingrid Betancourt (também sequestrada), do seu filho Emanuel e da deputada Consuelo González de Perdomo pode ter sido cancelada por completo.
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Até esta quarta-feira, acreditava-se que o resgate poderia ser retomado a partir do anúncio dos resultados dos testes de ADN em amostras recolhidas em familiares de Clara Rojas, para comprovar se um rapaz internado num orfanato em Bogotá é o seu filho, Emanuel.
Esta hipótese foi levantada no domingo pelo presidente da Colômbia, Álvaro Uribe. O presidente disse que Emanuel tinha havia sido entregue ao Instituto de Bem Estar Familiar e que as Farc teriam atrasado a libertação dos reféns porque o menino não estava em seu poder.
As Farc afirmam que o governo está a utilizar a dúvida sobre o local em que estaria o filho de Clara Rojas para desviar a atenção, mas que os coordenadores da operação de resgate continuam a aguardar as indicações sobre o local do resgate.
«Apesar de o governo colombiano pretender desviar a atenção sobre a libertação (¿) com a hipótese, tanto (o presidente da Venezuela, Hugo) Chávez quanto a Cruz Vermelha continuam à espera das coordenadas», disse o grupo numa declaração publicada nesta quinta-feira pela Agência Bolivariana de Imprensa (ABP).
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