Ícone revolucionário, ou perigoso megalómano, o presidente venezuelano, Hugo Chávez, 53 anos, no poder desde 1999, enfrenta no domingo um referendo sobre a reforma da Constituição determinante para o rumo socialista que defende para o país, refere a Lusa.
O «Comandante» chama «pai» a Fidel Castro, foi premiado por Kadhafi e doutorado por Damasco, classifica a Bielorrússia de «modelo social», tem uma «parceria estratégica» com o «irmão» Ahmadinejad do Irão e corteja o regime de Pyongyang, tendo chegado ao extremo de escrever uma carta de apoio ao ex-terrorista Carlos (Chacal), preso em França.
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Também privilegia a China no fornecimento de petróleo e compra arsenais à Rússia, armas ligeiras e aviões de combate em 2004, e nove submarinos em Junho passado.
O «Herói dos Pobres» está ainda empenhado em ser o mentor nomeadamente dos seus homólogos Evo Morales, da Bolívia, e Daniel Ortega, da Nicarágua.
Por outro lado, o «Flagelo dos Oligarcas» - metáfora do huno Atila, o «Flagelo de Deus» - pôs em causa a sede das Nações Unidas em solo norte-americano e cobre o «diabólico» presidente George W. Bush de insultos como «burro», «alcoólico», «mentiroso» e «assassino», ao estilo da sua intervenção na última Assembleia Geral da organização.
Esta semana entrou em confronto com o Presidente Alvaro Uribe e está de relações congeladas com a Colômbia, tal como com o México, de onde mandou anteriormente retirar o embaixador por não reconhecer a «direita desesperada e dada a artimanhas» do chefe de Estado Felipe Calderón, sucessor de Vicente Fox, o «cachorro do império» (Estados Unidos), como lhe chamou.
Recentemente, na Cimeira Ibero-Americana do Chile, teve de ser mandado calar pelo Rei Juan Carlos de Espanha, por rotular de «fascista» o ex-primeiro-ministro José Maria Aznar.
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