A Grã-Bretanha recomendou na quarta-feira medidas mais duras com pena de prisão mais longas para acabar com o abuso e a manipulação nos mercados financeiros após uma série de escândalos que abalaram o setor.
"A era de irresponsabilidade acabou", disse o governador do Banco de Inglaterra, Mark Carney numa comunicação ao setor financeiro em Londres, na presença do ministro das Finanças britânico, George Osborne.
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"As sanções e as regras sobre a manipulação dos mercados serão revistas e alargadas as penas de prisão", disse Carney, um canadiano de 50 anos à frente do banco central desde 2013.
Segundo Osborne, as reformas deverão permitir “restaurar a confiança nos mercados e reforçar a posição de liderança da praça de Londres”.
“A opinião pública pergunta-se, com razão, por que razão, depois de tantos escândalos e custos para o país, tão poucas pessoas foram condenadas", disse o ministro.
"As pessoas que manipulam os mercados de forma fraudulenta (...) devem ser tratados como criminosos - e vão ser", acrescentou.
O setor financeiro do Reino Unido, e internacional, foram recentemente abalados por vários escândalos.
As autoridades norte-americanas e britânicas anunciaram a 20 de maio a imposição de multas de perto de seis mil milhões de dólares a seis grandes bancos internacionais por manipulação das taxas de câmbio entre 2007 e 2013.
As entidades envolvidos no caso são o Citigroup, o JPMorgan, o Barclays, o Royal Bank of Scotland, o UBS e o Bank of America, segundo um comunicado do Departamento da Justiça norte-americano.
De acordo com a Agência France Presse, o banco britânico Barclays terá de pagar um total de 2,4 mil milhões de dólares, 60 milhões relacionados com a manipulação da taxa interbancária Libor.
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