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Gaza: membro do Hamas admite rapto de adolescentes israelitas

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Pela primeira vez, um membro do grupo palestiniano associou o sequestro dos três adolescentes israelitas, em junho, aos radicais islâmicos

Um alto responsável do Hamas afirmou, esta quarta-feira, que o grupo radical islâmico foi o autor do sequestro de três adolescentes israelitas na Cisjordânia, em junho, o incidente que despoletou o atual conflito na Faixa de Gaza, entre Israel e palestinianos.

As declarações de Saleh al-Arouri, fundador das forças militares do Hamas, foram proferidas numa conferência em Istambul, Turquia, cidade onde vive em exílio, e publicadas na internet pela organização do evento.

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«A vontade popular foi exercida na nossa terra ocupada e culminou numa operação heróica do Hamas, que prendeu os três colonos em Hebron», declarou al-Arouri, na conferência Internacional de Estudos Islâmicos.

Esta foi a primeira vez que um membro do Hamas associou o rapto dos três adolescentes às milícias palestinianas. No entanto, a reivindicação não foi confirmada por qualquer outro membro do Hamas.

«Houve muita especulação à volta desta operação. Alguns dizem que se tratou de uma conspiração, eu digo que não foi», afirmou.

A Reuters avançou, esta quarta-feira, que os três adolescentes israelitas foram baleados dez vezes antes de terem sido raptados. O presumível autor dos disparos, Hussam Qasasme, está sob a custódia de Israel, mas as autoridades acreditam que o homem tinha dois cúmplices cujo paradeiro se desconhece.

Depois do sequestro, que levou depois à morte dos jovens, Israel acusou o Hamas do crime e lançou uma vasta operação na Cisjordânia contra o grupo, em junho e julho, prendendo dezenas de membros. Contudo, o Hamas nunca confirmou o seu envolvimento no crime.

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Hugh Lovatt, coordenador de Israel e da Palestina nas Relações Internacionais do Conselho Europeu, tem dúvidas quanto à veracidade das declarações. Lovatt refere que se pode tratar de uma tentativa de, por um lado, al-Alrouri demonstrar que ainda tem influência na Cisjordânia e, por outro, de salientar a capacidade do Hamas em atingir Israel.

Al-Arouri esteve preso durante 15 anos em Israel por ações ligadas à sua presença no Hamas, mas, em 2010, foi forçado a abandonar o país.

Em 2012, a Amnistia Internacional descreveu al-Alrouri como um dos fundadores das Brigadas Qassam, as forças militares do Hamas.

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