A Renamo anunciou, esta segunda-feira, em Maputo, que considera o acordo de paz, assinado em 1992, nulo. Recorde-se que esse entendimento, entre a Renamo e a Frelimo, terminou com a guerra civil que fustigava o país. O Governo português já veio assumir que está «preocupado».
«A paz acabou no país e a responsabilidade é do governo da Fretilin, que não quis ouvir as queixas da Renamo», afirmou o porta-voz, Fernando Mazanga, escreve a agência Reuters.
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O dia já tinha ficado marcado pelo «tomada» da residência de líder da Renamo por parte do exército.
Aliás, o Ministério da Defesa de Moçambique confirmou hoje o ataque e controlo de Sandjudjira, base do líder da Renamo, Afonso Dhlakama, que se encontra em parte incerta, mas recusou que Moçambique esteja em guerra.
A Resistência Nacional Moçambicana, principal partido da oposição do país, disse que o exército moçambicano «fustigou e tomou» a residência do seu líder, Afonso Dhlakama, obrigando-o a abandonar a casa para um local não revelado, onde «está de boa saúde».
Horas antes, o porta-voz da Renamo deu o alerta. «Neste momento em que estou a vos falar, Sathundjira está a ser fustigada com armamento bélico. Tomaram a residência do presidente Afonso Dhlakama», afirmou Fernando Mazanga, através de um comunicado que leu durante uma conferência de imprensa em Maputo.
Hoje, a imprensa moçambicana dava conta de um cerco montado pelo exército moçambicano à volta da casa de Afonso Dhlakama, em Santhundjira, uma antiga base da guerrilha da Renamo, na província de Sofala, centro do país, onde o líder do principal partido da oposição se instalou há mais de um ano em protesto contra a alegada ditadura do governo da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo).
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