Foi uma noite de caos numa favela do bairro turístico de Copacabana, no Rio de Janeiro. As autoridades brasileiras confirmam a existência de pelo menos um morto e há relato de um menor de 12 anos baleado na sequência de um tiroteio entre moradores da comunidade de Pavão-Pavãozinho e também envolvendo a polícia.
A vítima mortal, de cerca de 30 anos, foi transportada para um hospital e já chegou morta, segundo a secretaria municipal da Saúde, citada pela imprensa.
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As imagens documentam um cenário infernal a cerca de mês do arranque do Mundial de Futebol que se realizará no Brasil.
O rastilho para tamanha revolta foi a divulgação da morte - atribuída à polícia - de um bailarino, que o teria confundido com um traficante de droga. A polícia nega. Douglas Rafael Silva, de 25 anos, fazia parte do elenco de um programa televisivo da Globo e seria popular no bairro.
A manifestação violenta na noite de terça-feira fechou a circulação automóvel em várias avenidas e ruas da zona Sul de Copacabana. Pneus foram queimados para criar barricadas e vários tiros foram ouvidos no bairro da cidade brasileira, num tumulto que mobilizou a polícia militar do Leblon, que não conseguiu acalmar os ânimos sem pedir mais reforços.
O jornal «O Globo» descreve assim o caos no local: «Por volta das 20h, a Ladeira Saint Romain ainda tinha barricadas em toda a sua extensão formadas por carrinhos de supermercado, caixas de madeira, um fogão e uma lixeira da Comlurb, entre outros objetos. Parte dessa barricada pegou fogo. Mais adiante, um outro obstáculo foi incendiado. Em um terceiro ponto, um depósito da Comlurb foi invadido e teve caçambas com lixo incendiadas. Mais a frente, uma tubulação de ferro foi posta no meio da rua para impedir a entrada de carros».
Notícia atualizada
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