Artigo actualizado às 18:23
O encerramento do tabloide «News of the World» foi decidido por causa da «vergonha» que causou à News Corporation, afirmou hoje o presidente do grupo, Rupert Murdoch, durante uma audição parlamentar por deputados britânicos, escreve a Lusa.
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«Sentimo-nos envergonhados com o que aconteceu e que pensámos que era melhor fechar», afirmou, em referência às revelações sobre escutas telefónicas feitas por jornalistas da publicação. Murdoch admitiu: «Traímos a confiança dos nossos leitores».
Mas Rupert Murdoch e o seu filho James, também presente na audiência, pediram desculpas aos parlamentares britânicos e afirmaram não ter qualquer responsabilidade nas «escutas», avança a agência Reuters.
Apesar dos seus 80 anos de idade, antes de começar a ser ouvido pelos deputados britânicos, Rupert Murdoch afirmou sentir-se «humilhado» e «enganado». Para justificar não ter conhecimento de nada, lembrou os parlamentares que a sua empresa tem 53 mil funcionários e que o jornal «News of the World» representava apenas um por cento da sua companhia.
Já o filho, James Murdoch, lamentou o sucedido e garantiu que o que aconteceu «não faz jus aos padrões que a empresa ambiciona alcançar no Mundo». Acrescentou ainda estar determinado em não deixar que nada parecido aconteça de novo.
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Além de Rupert Murdoch e o seu filho James também a ex-directora do jornal, Rebekah Brooks, foi chamada ao parlamento britânico.
No início dos seus esclarecimentos Rebekah fez questão de também «pedir desculpa» perante as suspeitas de escutas ilegais. Foi mais longe e disse considerar essas acções cometidas contra vítimas de crimes são «horríveis e abomináveis».
A ex-directora do «News of the World» assumiu que o jornal contratava «detectives privados» algo que, segundo contou, «quase todos os jornais fazem». E, assumiu ainda, que sabia «que isso acontecia».
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