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Ucrânia: Putin já cita a Guerra Fria para culpar EUA e aliados

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«Acreditam serem 'vencedores' da Guerra Fria» e querem «impor a sua vontade em todos os lugares», acusa o Presidente russo

«Em repetidas ocasiões alertámos os Estados Unidos e os seus sócios ocidentais das consequências nefastas da intromissão nos assuntos internos da Ucrânia», disse ainda o chefe do Kremlin, citado pela Lusa, na véspera da sua visita oficial ao Egito, que começa precisamente esta segunda-feira.

Vladimir Putin culpa os Estados Unidos e os seus aliados pelo conflito na Ucrânia, numa entrevista ao diário egípcio «Al Ahram». As suas declarações incluíram, mesmo, referências à Guerra Fria.

A crise no leste da Ucrânia «é resultado das tentativas dos Estados Unidos e seus aliados ocidentais, que acreditam serem 'vencedores' da Guerra Fria, de imporem a sua vontade em todos os lugares»

A Guerra Fria, recorde-se, teve início logo a seguir à Segunda Guerra Mundial, com os Estados Unidos e a União Soviética a disputarem a hegemonia política, económica e militar no mundo. Durou mais de quatro décadas, com múltiplos momentos de tensão.

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A chanceler alemã, Angela Merkel, e o Presidente francês, François Hollande, que estiveram reunidos com o Presidente da Rússia na sexta-feira, em Moscovo, e com quem tinham nova reunião agendada para domingo, mas por telefone, não conseguiram convencê-lo a alcançar um acordo de cessar-fogo.

Nenhum deles proferiu uma palavra depois da reunião presencial, nem houve fotografias de apertos de mão para memória futura. O porta-voz do Kremlin classificou a conversa de «construtiva», apenas. 

Certo é que o clima de tensão continua evidente na esfera diplomática - com Paris a alertar, até, para o perigo que representa a «enorme» capacidade militar na Rússia -  e, sobretudo, no terreno. Mais nove soldados ucranianos foram mortos nas últimas 24 horas, no leste do país, e outros 26 ficaram feridos em combates com os separatistas pró-russos, segundo um porta-voz militar de Kiev, que é citado pela Reuters. 

Os combates intensificaram-se no último mês e têm sido particularmente intensos na cidade de Debaltseve, uma das mais importantes a nível ferroviário e rodoviário. O chefe da polícia regional anunciou que sete civis foram mortos por bombardeamentos, no domingo.   Em Donetsk, também se registou uma explosão na noite de domingo, numa fábrica que produz explosivos, munição de artilharia e bombas aéreas. Várias janelas das casas próximas estilhaçaram na sequência disso, mas não houve relatos, até ao momento, de vítimas.

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