O Conselho Pontifício da Cultura (CPC), organismo da Santa Sé, classifica a cirurgia estética como «uma burca de carne». O CPC apresentou o documento de trabalho da próxima assembleia plenária, dedicada ao tema «Culturas femininas: igualdade e diferença». O texto, divulgado na internet, condena a violência contra as mulheres recorda que a violência doméstica é a primeira causa de morte no mundo para as mulheres entre 16 e 44 anos. Mas o documento é particularmente ácido para com a cirurgia estética: «A cirurgia estética, quando não é médico-terapêutica, pode expressar agressão à identidade feminina, mostrando a rejeição do próprio corpo enquanto rejeição da vida que se está a atravessar». O texto assinala ainda que a prostituição pode ser considerada «a forma mais difundida de escravidão», mesmo nas sociedades democráticas, denunciando ainda «o aborto seletivo, o infanticídio, as mutilações genitais, os crimes de honra, os matrimónios forçados, o tráfico de mulheres, abusos sexuais, violações». A assembleia plenária vai decorrer em Roma, de 4 a 7 de fevereiro, procurando responder também a questões sobre o papel das mulheres na Igreja Católica.
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