Os cancro do pulmão, do fígado e da mama são os que mais contribuem para a perda de anos de vida saudável no mundo, revela um estudo publicado pela revista científica «The Lancet», segundo a agência Lusa.
Trata-se do primeiro estudo detalhado a calcular o impacto global do cancro em número de anos de vida saudável perdidos pelos pacientes e aponta para um total de 169,3 milhões de anos perdidos só em 2008.
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O número resulta de uma medida conhecida como «anos de vida adaptados à incapacidade» (AVAI) e reúne, não só o número de mortes devido ao cancro, mas também as consequências incapacitantes dos tumores não fatais (por exemplo, a mastectomia num cancro da mama ou a infertilidade num cancro do colo do útero).
Liderado por Isabelle Soerjomataram, da Agência Internacional para a Investigação do Cancro, em França, o estudo inclui dados sobre 27 tipos de cancro em 184 países, agrupados em 12 sub-regiões e nos quatro níveis de desenvolvimento humano.
Segundo os dados agora divulgados, a Ásia e a Europa são as sub-regiões mais afetadas, representando 73% do peso total dos AVAI perdidos devido ao cancro.
Só a China contribui para 25% do peso total, enquanto a Índia representa 11%. Estes dois países representam 67% do peso do cancro na Ásia.
Quanto ao tipo de cancro, os do pulmão, fígado, mama, estômago, colorretal, do colo do útero, esófago e a leucemia são os que mais perda de anos de vida provocam, representando 65% do total.
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Os homens perdem 6% mais anos de vida saudável devido ao cancro do que as mulheres e os homens da Europa de Leste são os que mais contribuem, com uma média de 3.626 anos de vida perdidos em cada 100 mil habitantes. Para isto contribui sobretudo o cancro do pulmão.
Entre as mulheres, as da África subsaariana são as mais afetadas, com 2.749 anos perdidos em 100 mil habitantes, sobretudo devido ao cancro do colo do útero.
A nível mundial, os cancros do pulmão, fígado e estômago são os que mais contribuem para a perda de anos de vida entre os homens, enquanto os que mais afetam as mulheres são os da mama e do colo do útero. O cancro da mama é o principal causador de incapacidade nas mulheres em 119 dos 184 países estudados.
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