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Foi lançado um estudo para verificar se o Viagra, normalmente utilizado para tratar problemas de ereção nos homens, pode ajudar a prevenir a demência, caraterizada pela deterioração da memória. O fármaco da mesma família que o Viagra, Tadalfil, funciona através da dilatação dos vasos sanguíneos e os cientistas deste estudo acreditam que poderia tratar a demência vascular, aumentando o fluxo sanguíneo para o cérebro. A demência vascular é a segunda forma mais comum da doença e surge devido a danos nos pequenos vasos sanguíneos do cérebro, levando à redução do fluxo sanguíneo para o tecido cerebral. Estes danos fazem com que as paredes das artérias se tornem grossas e duras, impedindo-as de dar resposta à necessidade de sangue do cérebro. Os danos nas partes profundas do cérebro, devido à insuficiência de sangue, originam problemas de memória e podem-se desenvolver durante muitos anos. São normalmente verificados em 50 a 70 por cento dos cérebros de pessoas idosas. Os cientistas esperam que as propriedades do Tadalfil, de impulsionar o fluxo sanguíneo, consigam evitar esses danos e afastar a demência vascular. A demência é caraterizada pela deterioração da memória, do pensamento, do comportamento e da habilidade de realizar atividades do quotidiano. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, 35.6 milhões de pessoas têm demência e, todos os anos, surgem 7.7 milhões de casos novos. Na primeira cimeira dos G8 sobre a demência, em 2013, apelou-se a um maior investimento e colaboração global na pesquisa sobre a demência, a fim de encontrar um tratamento para a doença até 2025. O estudo
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Como parte do estudo, o fármaco Tadalfil será dado a 50 participantes com idades acima dos 65 anos, que têm a doença de pequenos vasos na sequência de um acidente vascular cerebral, ou alguns problemas de memória. Os cientistas vão medir o fluxo sanguíneo do sangue para o cérebro antes e depois de o medicamento ser inserido no organismo. As pessoas que já foram diagnosticadas com demência não poderão fazer parte do estudo e os cientistas justificam afirmando que o objetivo do teste é verificar se o medicamento consegue impedir a demência e não tratá-la. «Eu e os meus colegas estamos muito entusiasmados com esta iniciativa transatlântica, uma vez que existem poucos medicamentos para a demência. Queremos descobrir se um medicamento conhecido pode ser utilizado para combater a demência, que tem sido denominada a praga do século 21», disse o principal cientista do estudo, Dr. Atticus Hainsworth, da Universidade de St George em Londres, ao Daily Mail.
«O Tadalafil é utilizado para aumentar o fluxo sanguíneo no pénis. Agora perguntamo-nos se consegue fazer o mesmo por outro órgão vital, o cérebro», acrescentou o Dr. Atticus.
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