Cerca de 250 mil menores sírios, que vivem em zonas sitiadas por causa do conflito que assola o país, estão a ser afetados por bombardeamentos e ataques aéreos, revelou esta quarta-feira num relatório a organização Save The Children.
O relatório refere que os familiares têm de fazer face ao impacto psicológico que as crianças sofrem por causa das explosões e da falta de alimentos, medicamentos básicos e água potável.
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Para elaborar o documento, divulgado cinco anos depois do início da guerra, a organização entrevistou mais de 125 mães, pais e crianças separadas em 22 grupos. Em todos eles, os menores confessaram ter “medo constante de um ataque”. Os pais afirmam que a personalidade dos filhos mudou e que se tornaram “retraídos, agressivos e depressivos”.
Quase todos os grupos afirmaram ainda que assistiram à morte de crianças devido à falta de medicamentos, falta de acesso ao sistema de saúde e escassez de refeições.
A Save the Children denunciou que apenas parte da ajuda humanitária às regiões sitiadas na Síria chega efetivamente a esses locais, alertando que alguns medicamentos e alimentos essenciais são retirados dos camiões antes de chegarem à população.
No relatório, a ONG apelou às partes envolvidas no conflito para que estabeleçam o cessar-fogo e permitam que a ajuda humanitária chegue sem restrições às zonas afetadas. A Save the Children pediu ainda o cessar dos ataques a escolas e hospitais e exigiu à comunidade internacional que não use a ajuda humanitária como moeda de troca em negociações políticas.
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