As tropas ucranianas afirmaram, esta segunda-feira, que um grupo de militares russos, disfarçados de separatistas, avançaram para uma área do sudeste da Ucrânia com dez tanques e dois veículos blindados. Segundo as declarações de algumas testemunhas no local, o número de veículos era superior a 30.
«Esta manhã houve uma tentativa das forças da Rússia, disfarçadas de separatista de Donbas, abrirem uma nova área de conflito no sul da região de Donetsk», afirmou o porta-voz das forças ucranianas Andriy Lysenko.
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A coluna da Rússia terá sido travada pelas forças de segurança ucranianas, no norte da cidade de Novoazovsk, a 10 quilómetros da fronteira entre os dois países.
Na vila de Makyne, testemunhas afirmam que ocorreram fortes confrontos.
Um comandante das forças da Ucrânia admitiu, em declarações à Reuters, que «uma guerra começou», naquela região.
No entanto, Andriy Lysenko assegura o controlo da área pela Ucrânia.
Até agora, os conflitos entre separatistas pró-russos e tropas ucranianas têm-se concentrado nas cidades de Donetsk e Luthansk.
Os ucranianos acusam Moscovo de envolver militares russos no apoio aos separatistas, mas a Rússia nega as acusações.
O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergey Lavrov, desmentiu os acontecimentos e informou que a Rússia quer enviar um novo comboio humanitário para a Ucrânia, tendo já enviado uma carta para o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano.
«Queremos chegar a um acordo para que sejam reunidas as condições do envio de um novo comboio nos próximos dias», garantiu Lavrov.
A troca de acusações entre os dois países surge na véspera de um encontro entre o Presidente da Ucrânia, Petro Prosohenko, e o Presidente russo, Vladimir Putin, em Minsk, Bielorrúsia, que contará também com a presença de responsáveis da União Europeia.
Este será o primeiro encontro entre os dois líderes desde junho.
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