As crianças e os estudantes transformaram-se nos novos alvos dos raptores, segundo a Federação Nacional de Produtores de Gado (FEDENAGA), adiantando que, desde Janeiro, pelos menos 61 estudantes, entre eles 17 crianças, uma delas de sete meses, foram sequestradas, escreve a Lusa.
Sem precisar se os dados incluem os luso-descendentes que foram sequestrados este ano na Venezuela e que fontes comunitárias dizem ser quatro crianças e dois estudantes adolescentes, a FEDENAGA revelou ainda que existem grupos de delinquentes que estão a optar pelo rapto e que, ao longo deste ano, foram sequestrados 42 produtores de gado no país.
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Os 17 raptos de crianças incluem o de «uma lactante de sete meses que foi arrebatada dos braços da mãe»,em Abril, no Estado venezuelano de Anzoátegui (400 quilómetros a Leste de Caracas) e resgatada pelas autoridades dias depois na localidade de Puerto Cabello (250 quilómetros a Oeste da capital).
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Um dos casos mais recentes é o de uma menina de 8 anos - cujo nome não foi revelado - ocorrido a 23 de Setembro, na localidade de La Victoria, Estado de Arágua (80 quilómetros a Oeste de Caracas), e resgatada seis dias depois pela polícia, a Sul da vizinha cidade de Maracay.
Durante o resgate, um dos raptores morreu num confronto com a polícia e foi detido um oficial no activo da POLIARÁGUA (Polícia do Estado de Arágua), Juan Ceballos, por alegadamente ter planeado o rapto com a ajuda do pai e de um irmão.
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Em Caracas, oficiais do Corpo de Investigações Científicas, Penais e Criminalísticas (CICPC, antiga Polícia Técnica Judicial) resgataram, a 6 de Agosto, a menina Maria Laura Colina Saa, depois permanecer 45 dias em cativeiro.
Em Barinas (600 quilómetros a Oeste da capital), a família Molina Contreva teve que pagar 300 mil bolívares fortes (aproximadamente 105 mil euros) pelo resgate de um menino de 12 anos.
No Estado de Zúlia (800 quilómetros a Oeste de Caracas), a família Navas desembolsou uma quantia não revelada pelo resgate de um menino de 12 anos, que foi sequestrado na Serra de Perijá, quando acompanhava o pai.
20 pessoas mortas em cativeiro
Segundo a FEDENAGA, pelo menos 20 pessoas foram assassinadas em cativeiro ou durante a acção do sequestro, desde Janeiro.
Aquela organização considera que o envolvimento de delinquentes comuns no sequestro multiplica os riscos de vida para as vítimas, porque os raptores não contam com a logística dos grupos subversivos colombianos que retém as vítimas durante mais tempo.
Entre as vítimas, encontra-se Óscar Colmenares, de 44 anos, assassinado no Estado de Táchira (800 quilómetros a Sudoeste de Caracas) porque os raptores careciam de alimentos para o manter. Pelo menos um português foi assassinado em cativeiro, em Setembro.
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