Casais acima dos 40 anos que são adeptos de «swing», troca de parceiros, podem estar a contribuir para o alastramento de doenças sexualmente transmissíveis na população em geral, indica um estudo realizado por cientistas holandeses.
O estudo, publicado na revista científica «Sexually Transmitted Infections» e citado pela BBC Brasil, indica que entre os 9 mil pacientes pesquisados que procuraram consultas em clínicas especializadas em doenças sexualmente transmissíveis na Holanda, 12% eram adeptos de «swing» e tinham uma idade média de 43 anos.
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A equipa do Serviço de Saúde Pública de Zuid-Limburg, na Província de Limburg, na Holanda, monitorou pacientes que procuraram tratamento em clínicas de saúde sexual em 2007 e 2008. O estudo colocou adeptos do «swing» entre os grupos com índices mais altos de doenças sexualmente transmissíveis, a par com jovens e homossexuais, que já tinham sido identificados como grupos de alto risco.
Os índices de clamídia e gonorréia, por exemplo, atingiu os 10% no grupo dos heterossexuais, 14% nos homossexuais, 10,4% nos adeptos do «swing» e abaixo de 5% entre prostitutas.
Essas diferenças ficam ainda mais evidentes quando a comparação foi feita dentro de grupos de pacientes mais velhos.
Os adeptos do «swing» responderam por mais de metade (55%) de todos os diagnósticos de doenças sexualmente transmissíveis entre os pacientes com mais de 45 anos. Em comparação, os homossexuais acumularam 31% dos diagnósticos na mesma faixa etária.
«Praticantes de swing diferenciam-se dos heterossexuais não adeptos por terem uma rede ampla de parceiros sexuais, caracterizada por parceiros simultâneos e altos índices de sexo sem protecção», disse a autora principal do estudo, Nicole Dukers-Muijeres.
«O nosso estudo confirma que esse tipo de comportamento arriscado torna essas pessoas mais vulneráveis às doenças sexualmente transmissíveis». «Os adeptos do swing podem tornar-se uma ponte de transmissão para a população como um todo», acrescentou a especialista.
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