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Shakhtar apresenta queixa contra a FIFA na Comissão Europeia

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Clube ucraniano diz que a autorização dada a jogadores e treinadores internacionais para que rescindam contratos durante a invasão russa é ilegal, acusa o organismo de influenciar decisão do TAS e fala em violação das regras da concorrência na União Europeia

O Shakhtar Donetsk apresentou junto da Comissão Europeia uma queixa contra a FIFA.

Na base da decisão está o facto de o organismo que tutela o futebol mundial ter autorizado, após a invasão russa à Ucrânia, que jogadores e treinadores internacionais suspendam os contratos que os vinculam a clubes deste país.

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Num comunicado assinado por Serhii Palkin, CEO do Shakhtar, é referido o grande impacto que a decisão anunciada pela FIFA, considerada «exagerada», teve na gestão do clube.

«O diferendo do Shakhtar com a FIFA está centrado nas ações do órgão regulador do futebol mundial em 2022, que levaram à suspensão automática dos contratos internacionais de jogadores e treinadores do clube após a invasão ilegal e agressiva das forças armadas da Rússia na Ucrânia. Muitos jogadores internacionais deixaram depois o clube de forma livre. As medidas exageradas aplicadas pela FIFA conduziram a uma perda massiva das receitas com transferências de jogadores e a uma diminuição das receitas essenciais do clube num valor a rondar os 40 milhões de euros», pode ler-se.

O Shakhtar entende não só que a decisão da FIFA constitui uma «violação da concorrência da União Europeia, como acusa o organismo de ter exercido influência junto do Tribunal Arbitral do Desporto (TAS, que está sediado, tal como a FIFA, na Suíça) para obter uma decisão favorável numa outra ação apresentada pelo emblema ucraniano.

«O Tribunal Arbitral do Desporto rejeitou as alegações do Shakhtar e o clube está a recorrer de todas as decisões sobre o tema. Continuaremos a contestar a decisão original de 20 de junho de 2022 do Conselho da FIFA a respeito da suspensão automática de contratos internacionais. A FIFA definiu que essa decisão vigoraria até junho de 2023, algo que o clube acredita ser ilegal. E também existe um risco elevado de que seja prolongada até junho de 2024. As partes ainda aguardam pelos fundamentos da decisão original do TAS favorável à FIFA em janeiro de 2023. (...) A FIFA construiu um sistema através do qual consegue influenciar o resultado de decisões do TAS. (...) O TAS devia ser protegido de todas as influências externas - incluindo da FIFA - e ser capaz de julgar os casos de forma independente com total imparcialidade e justiça.»

O Shakhtar Donetsk diz esperar que a Comissão Europeia compreenda e considere os danos que a FIFA está a causar ao clube e deixa um apelo à comunidade internacional do futebol para que se una no sentido de construir um sistema de justiça desportiva mais justo.

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