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Estado Islâmico rapta 230 civis, entre os quais 60 cristãos

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Lista escrita à mão serviu de guia para capturar cristãos e "colaboradores do regime"

Segundo os depoimentos de Rami Abdurrahman, muitos dos cristãos tinham-se mudado para a cidade para fugir à ocupação da província de Aleppo, pelo EI. O ISIS pretendia capturar os fugitivos para os julgar por “colaboração com o regime” e os seus nomes estavam numa lista que foi consultada pelos jihadistas depois de terem conquistado a região. O investigador acrescentou que, durante algumas entrevistas que fez a pessoas que conseguiram fugir, lhe asseguraram que toda a gente pode ser acusada de colaborar com o regime apenas por “ter uma fotografia do presidente sírio, Bashar al-Assad, no telemóvel”, que é comum na Síria, porque facilita a passagem das fronteiras.

O Estado Islâmico raptou 230 civis, depois da ocupação da cidade de Qaryatain, na Síria, de acordo com Observatório Sírio para os Direitos Humanos. Entre as vítimas sequestradas um dia depois da conquista da ISIS estão 60 cristãos.

“Daesh capturou pelo menos 230 pessoas, incluindo 60 cristãos, enquanto ocupavam Qaryatain”, afirmou o chefe do observatório, Rami Abdurrahman.

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Uma fotografia da listagem escrita à mão confirma o desaparecimento de alguns cristãos sírios.  

As famílias que tentaram fugir ou esconder-se foram perseguidas e apanhadas pelos jihadistas.

A Amnistia Internacional está a investigar as denúncias, que considerou “muito preocupantes”.

“Isto parece ser credível. O Observatório Sírio é uma fonte credível na maior parte das vezes. O incidente teve uma escala maior do que é habitual, mas, noutras regiões do país onde têm operado, o EI tem raptado grandes grupos de civis. Só que normalmente as pessoas fogem antes do EI chegar. É raro chegarem a cidades onde ainda estão milhares de pessoas a viver”, disse Neil Sammonds, um investigador sírio.

“Cristãos e ‘colaboradores’ são alvos do EI. Estão em risco máximo ou porque eles querem fazer justiça ou, para os cristãos em particular, porque desejam algum tipo de resgate ou recompensa em particular”.

Qaryatain tinha uma população de 18 mil habitantes antes da guerra começar, incluindo muçulmanos sunitas e cerca de 2 mil cristão e ortodoxos. O número de cidadãos católicos desceu para 300.

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