Pelo menos 14 pessoas morreram e 225 ficaram feridas após os disparos das forças israelitas sob manifestante sírios e palestinianos que tentavam passar a linha de cessar-fogo nas Colinas de Golã este domingo.
De acordo com a AFP, a televisão síria avançou que vários manifestantes agitavam bandeiras da Palestina e da Síria enquanto tentavam cortar uma cerca de arame farpado perto de um campo minado em Golã, área ocupada por Israel.
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As pessoas atingidas pelos disparos pretendiam lembrar o aniversário da Guerra dos Seis Dias, em 1967, que marcou a derrota dos árabes contra o Exército hebreu e a ocupação do povo israelense nas Colinas de Golã.
Embora nenhum dos manifestantes tenha conseguido cruzar a linha de fogo o porta-voz do Exército de Israel, Yoav Mordechai, afirmou que a situação estava «sob controlo».
No início da noite o Exército disparou e lançou gás lacrimogéneo contra os manifestantes.
Ali Kannan, médico na cidade de Kuneitra referiu que as vítimas mortais «tinham sido atingidas na cabeça e no peito».
Yoav Mordechai afirmou que «os soldados não tiveram outra opção senão abrir fogo contra os manifestantes para os poder dispersar», visto que as pessoas não respeitaram os avisos e os tiros lançados para o ar.
Os protestos registaram-se ainda na Cisjordânia com centenas de manifestantes na entrada de Jerusalém, onde forças de segurança dispararam balas de borracha para impedir o lançamento de pedras por parte dos manifestantes. Já em Nablus, no norte, e em Hebrón, no sul da Síria cerca de uma centena de pessoas também se manifestaram.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, acusou «elementos extremistas» que «tentam forçar as fronteiras, ameaçando as nossas comunidades e nossos cidadãos», disse.
O Exército acusou ainda Damasco de provocações para desviar a atenção da sangrenta repressão ao movimento de contestação popular que agita o país desde o dia 15 de Março, onde já são contabilizados cerca de 1100 mortos em manifestações contra o regime de Bashar al-Assad.
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